Hospedar e acolher

No dia 9 de deste mês, comemoramos o Dia do Hoteleiro, data que celebra a profissão daqueles que tem como prioridade oferecer uma boa estadia aos seus hóspedes. Portanto, vamos contar a história de um dos hotéis mais antigos de nossa cidade

01/11/2018 Empreendedorismo Carolina Padilha Alves Tiago Sutil

Ivo Granetto, natural de São Marcos, viveu a maior parte de sua vida em Vacaria, tendo a cabeça sempre voltada para negócios no setor hoteleiro e restaurantes. Em 1953 abriu o Restaurante da Ford, onde também funcionava alguns quartos para hospedagem. Tempos depois, mudou-se para Lages e lá abriu o Hotel Provezani, o qual dirigiu por dez anos.

Ao retornar para nossa cidade, em 1964, constrói o Hotel Granetto, que está em funcionamento até hoje e que também comportava um restaurante, já que Ivo era um ótimo cozinheiro.

Visando ampliar seus negócios, em 1972 abriu o Hotel Pampa, que já hospedou inúmeras pessoas, incluindo alguns famosos que visitaram Vacaria anos atrás. Entre essas personalidades importantes estão a equipe do Internacional, a equipe do Grêmio, a banda J Quest, as duplas do sertanejo Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Fernando e Sorocaba, além de Governadores, Senadores, Deputados, entre tantos outros.

Outra preocupação deste empreendedor, era com a situação das crianças carentes da comunidade. Em várias ocasiões, ele fez almoços nas dependências do hotel direcionada a estas crianças, auxiliando desta e de várias maneiras, sempre que possível.

Ivo administrou seu empreendimento até seu falecimento, em 1999. Após essa data, os filhos Nivaldo (em memória), Ivo César, Daquir, Ivana, Vanira e Luciana, tocaram o negócio até 2012, quando, em comum acordo, contrataram os serviços de um administrador para ajudar a preservar o negócio de seu pai.

O administrador destaca que as maiores dificuldades para manter um empreendimento como este, são a manutenção, a carga tributária, a capacitação dos funcionários, já que a cidade não dispõe de cursos para o setor hoteleiro e, principalmente, firmar um hotel em um local sem vocação turística.

A construção, que passa por constantes reformas, possui mais de vinte funcionários e tem o cuidado de manter os preços acessíveis por questões de mercado. Como podemos imaginar, a época em que a rede hoteleira tem mais pessoas para hospedar é no Rodeio Crioulo Internacional, onde a lotação máxima é alcançada.

“No Rio Grande do Sul, o foco do turismo é Gramado e Canela. Porém, nossa região, através de empreendedores hoteleiros e representantes de bares e restaurantes, está trabalhando para a valorização de nossos  pontos turísticos, fomentando esse setor em Vacaria”, comenta o administrador.

O hotel, que está em funcionamento há quase cinquenta anos, passou por todas as etapas da tecnologia. Existia dentro dele a antiga cabine telefônica, onde o hóspede entrava e ligava para a central, que fazia a ligação desejada e esperava horas pelo retorno. Assim como o fax e uma pequena lan house, espaço com os primeiros modelos de computadores, ainda com monitor de tubo e internet discada.

Hoje, atendendo muitos argentinos em época de veraneio, além de hóspedes que vem para eventos e atividades comerciais, o hotel continua mantendo a sua tradição na cidade e está em constante atualização para propiciar à seus visitantes um sentimento de acolhimento e uma excelente estada.

 

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