Um país de contrastes

De um lado, templos centenários. De outro, cafés e lojas hi-techs, cheias de inovação. Foi isso que Thays Maineri e seu marido encontraram no Japão, um local admirável pelas suas tradições e cultura, mas que também convive muito bem com o futurístico. Vamos para mais uma Expedição e, desta vez, do outro lado do mundo

01/05/2025 Expedição Carolina Padilha Alves

Sempre que viajavam, Thays e Thalles paravam nos bairros orientais de cada destino, como o bairro da Liberdade em São Paulo, ou o Barrio Chino em Buenos Aires, por exemplo. Foi então que essa fascinação pelo Japão se transformou em planejamento para que, um dia, essa longa viagem pudesse ser feita.

Com meses de preparação, fazendo pesquisas, assistindo a documentários sobre o país e até praticando a língua japonesa no aplicativo Duolingo, o casal voou para o Japão em Março de 2025.

Chegando lá, a primeira constatação é que o local, realmente, vive de contrastes, onde a tradição e a modernidade convivem lado a lado, harmonicamente.

“O povo japonês é extremamente educado e respeitoso. Há um forte senso de coletividade, algo que se reflete até nos pequenos gestos, como esperar em fila sem furar ou evitar falar alto em público. Em contrapartida, os laços interpessoais são mais reservados, o que pode ser um desafio para nós, que temos o hábito de nos expressar com efusividade. Mas uma coisa é certa: se você precisar de ajuda, os japoneses farão o possível para auxiliar, mesmo com a barreira do idioma”, diz ela.

A culinária é outra grande diferença: enquanto aqui no RS temos a carne de qualidade e pratos substanciosos, como o churrasco e o entrevero, segundo os turistas, no Japão a leveza reina, com pratos à base de arroz, peixe e missô, tudo sempre muito suave.

“Em Vacaria, a conexão com a terra e com as nossas raízes campeiras é muito forte, algo que os japoneses também valorizam à sua maneira. No entanto, lá tudo é minuciosamente planejado e eficiente, desde o transporte público, até o atendimento em um restaurante”, comentam.

Os japoneses têm um cuidado especial com a limpeza e a sinalização, além da valorização dos meios sustentáveis, como bicicletas, que é algo inspirador e que, na opinião de Thays, poderia ser incentivado aqui também.

“Viajar para um país com uma cultura tão distinta, nos faz enxergar o mundo com novos olhos. Conhecer outras formas de viver, de trabalhar e de se relacionar, expande a mente e nos ajuda a valorizar tanto o que temos de bom, quanto a identificar o que podemos melhorar. Percebi que, apesar das diferenças, há um fio invisível que conecta todas as culturas: o desejo de pertencimento, o respeito às tradições, o orgulho de suas raízes e a busca por equilíbrio entre o antigo e o novo. O Japão me ensinou muito sobre paciência, observação e a beleza dos detalhes. Voltei para Vacaria com uma bagagem cultural rica e um olhar ainda mais curioso para o mundo”, finaliza a advogada.

Dica boa, é dica compartilhada!

  • Neste caso em específico, a viagem foi feita por conta própria, sem intervenção de agência de viagens. Para a organização dos passeios, é importante também programar dias livres para exercitar o improviso, pois sempre aparecem outras atrações para conhecer que não estão no itinerário;

  • Sobre o transporte: o Japão tem um dos melhores sistemas de transporte do mundo, com a presença do trem-bala, que é rápido, eficiente e pontual. O metrô também é uma maravilha, mas exige um pouco de atenção para entender as linhas. Para quem está viajando com orçamento controlado, no estilo mochilão, talvez os ônibus noturnos fossem uma boa opção;

  • Na mala: celular com aplicativo de tradução e o google maps instalado, uma garrafa reutilizável (porque há bebedouros por toda parte), pares de meias bem bonitas (já que muitos lugares exigem tirar os sapatos) e disposição para explorar a pé. Além de espaço livre na mala, porque dá vontade de trazer o japão inteiro pra cá na volta! 

Itinerário escolhido pelo casal

Rota de Ouro: Tóquio, Kyoto e Osaka

Tóquio impressiona pelo seu dinamismo: visitar o bairro de Shinjuku à noite, explorar as ruas movimentadas de Shibuya e conhecer o lado tradicional em Asakusa ou Ueno são experiências inesquecíveis. 

Kyoto: um mergulho na história do Japão, com seus templos, jardins e gueixas caminhando por Gion. 

Osaka, a super metrópole: a comida de rua é um espetáculo à parte, principalmente o takoyaki e o okonomiyaki. Para quem quer um momento contemplativo, nada supera a vista do Monte Fuji.

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