É dia de Rock, bebê

13 de Julho, é a data que celebramos o Dia Mundial do Rock. E para isso, nada melhor do que falar com um baterista que representa esse estilo musical em nossa cidade

01/07/2018 Artistas Carolina Padilha Alves Tiago Sutil

Cabelo comprido, barba robusta, brincos, tatuagens, camisetas de bandas e, preferencialmente, tudo na cor preta. Esse é o estilo do roqueiro de carteirinha Gleidson Dondoni, de vinte e nove anos, um multi instrumentista vacariano que tem seu foco de atuação na bateria. Contudo, sua iniciação musical se deu no violão, instrumento esse que ainda o acompanha até hoje e despertou seu amor por outros instrumentos de cordas, como a guitarra, o baixo e o banjo.

Gleidson recorda-se, que ainda na adolescência, tudo em sua vida envolvia música. “Acredito que todo baterista um dia montou sua própria bateria com panelas ou alguma coisa que achasse em casa e pudesse fazer barulho. Tocava em cima da cama, no porão, em qualquer lugar. Era impossível controlar”, relembra.

Seus pais, ao notar seu interesse musical, o levaram para sua primeira aula com o baterista Ricardo Rosa, também vacariano, mas que agora mora na Argentina.

“O Ricardo é minha referência. Ele me ensinou muita coisa e fico feliz em ver o sucesso que ele alcançou. Hoje somos amigos e trocamos experiências e conselhos, mesmo que de longe”, comenta Gleidson.

A banda na qual participou e ficou conhecido na cidade foi a Lingerie, que só tocava Rock, seu estilo musical do coração. A partir daí, os convites para tocar em outras bandas e locais da cidade, não pararam de chegar. Atualmente, o baterista toca na Black Mu, Dona Thereza, Alemão Trio, Poetas e Boêmios e Uiliam Michelon Quarteto, além de dar aulas particulares de bateria.

“O contato com pessoas que tocam outros estilos musicais, abriram a minha cabeça pra enxergar que a música é muito mais do que o Rock. Hoje escuto e toco tango, jazz, pop, coisas que jamais antes pensei que me envolveria”, diz.

Há pouco tempo, Gleidson também se interessou pela gaita piano, ao descobrir que seu avô era um gaiteiro de mão cheia e que ainda tinha o instrumento guardado em casa. Com extrema facilidade para aprender e com participações em festivais importantes do país, o nosso músico é incansável na busca de aperfeiçoamento em sua bateria e em conhecer novas possibilidades instrumentais. Fora os já citados, o instrumentista ainda toca gaita ponto, harmônica e cajón.

Com vontade de alçar novos vôos, Gleidson gostaria de tentar a vida fora de Vacaria, em um lugar em que a cultura e a potência artística da cidade possam lhe oferecer mais. Quando indagado sobre o sonho que lhe move, a resposta é incisiva:

“Sonho em acabar meus dias tocando e ser o melhor baterista que eu puder”, encerra.

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