A leveza da arte

Há trinta e oito anos, Marilza Costa Dal Ponte, mais conhecida como Pituca, trabalha com uma das manifestações artísticas mais expressivas de todos os tempos: a dança

01/07/2019 Empreendedorismo Carolina Padilha Alves Tiago Sutil

Natural de Caxias do Sul, Pituca começou a fazer ballet clássico no próprio colégio, em horário extraclasse, ainda muito pequena, onde se apaixonou pelas sapatilhas e conseguiu descobrir seu dom natural. Mesmo sendo diagnosticada com reumatismo no sangue, o que teoricamente impediria a pequena de fazer esforços físicos, a bailarina não desistiu e continuou seguindo com as aulas.

Aos quinze anos veio para Vacaria se apresentar com sua escola de ballet, quando foi solicitada uma professora para ensinar aqui, já que a cidade tinha demanda, mas era carente de profissionais da área. Foi então que sua irmã, Marilisa Costa, decidiu abraçar a proposta e trouxe Pituca para ajudá-la.

Depois disso, a bailarina nunca mais parou. As alunas foram aumentando, as turmas lotando e seu amor pela profissão crescendo. Formada em Ballet Clássico pela Academia de Ballet Professora Abigail Francisco, com especialização em Jazz e diversos cursos em Ballet Contemporâneo, Pituca ministrou aulas em clubes como o Guarani e o Jockey, na academia Corpo Livre e em uma sala do antigo Colégio São José.

“Não é uma profissão e, muito menos, um setor fácil de se trabalhar. Em todos esses anos, recebi pouquíssimo incentivo governamental para manter as atividades do setor artístico vivo, mas sempre contei com o apoio dos alunos e seus pais para realizar nossas metas. É o que eu nasci para fazer e sinto prazer em ensinar cada uma das meninas e meninos que já passaram pela minha sala de aula”, comenta.

A Caxiense, que constituiu sua família aqui, era uma das responsáveis pela Companhia Municipal de Dança - Bailare, que iniciou em 2008 e durou cinco anos. Além disso, a empreendedora dá Baby Class há trinta anos na escola Pedacinho do Céu e coopera com o AMMA - Associação de Meninos e Meninas Assistidos.

“Anualmente promovo o Show dos Alimentos, em que meus alunos se apresentam para o público que, ao vez de pagar ingresso, levam 1kg de alimento não perecível para ser doado às instituições de caridade”, explica a professora.

Apesar de tanto tempo nessa caminhada, a empresa Pituca Dance só foi registrada há seis anos, estando em local próprio e atendendo alunos de todas as faixas etárias. Nas mãos dela, gerações passaram e a relação de professor-aluno, muitas vezes se confunde com a de mãe e filho. E como a fruta não cai longe do pé, Tiane, sua filha mais nova, estuda Educação Física e já dá aulas de Baby Class para algumas turmas. Motivo de orgulho, Tiane pretende seguir no caminho da dança, talvez não no mesmo seguimento do clássico, mas ainda assim abrilhantando os palcos por onde passar, fazendo jus ao bonito trabalho realizado por Pituca para a comunidade, durante quase quatro décadas.

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