A nação do ouro

Em fevereiro deste ano, Laurita Baldi e seu marido Nelton passaram uma semana de férias nos Emirados Árabes Unidos, onde puderam visitar Dubai, Abu Dhabi e Sharjah. Agora ela nos conta em detalhes suas impressões sobre a cultura e riqueza desse povo com um modo de vida tão diferente do nosso

01/09/2022 Expedição Carolina Padilha Alves

Laurita acompanha o desenvolvimento de Dubai desde os anos 80, encantando-se com a tecnologia e a beleza desta cidade conhecida mundialmente pela ostentação e construções quase que inacreditáveis.

Por isso, programou-se para, no início de 2022, ir conhecer pessoalmente aquilo que via pela televisão.

“Ao chegar lá, notei que tudo é muito grandioso, feito pelos melhores engenheiros do mundo. Há paisagismo em todas as ruas, eles usam sistemas artificiais de irrigação nos canteiros, jardins e parques. Porém, tanta modernidade e futurismo chega a assustar, tornando o conceito de família, amizade e sossego um pouco distantes. Sem contar a exploração dos animais, principalmente dos camelos”, conta ela.

Como pode-se imaginar, o custo de vida é altíssimo em Dubai. Laurita nos comenta que a alimentação e o transporte são extremamente caros.

“Nenhum táxi que pegamos saiu por menos de R$140 reais. O bom é que como contratamos uma agência de viagens, muitos passeios já tinham o translado no pacote”, relembra.

Alguns pontos turísticos que Laurita visitou:

- Burj Khalifa: maior prédio do mundo, onde nos andares 124°, 125° ou 148° estão os observatórios. Custa em média R$230,00 reais nos horários mais baratos;

- Safari no deserto Rub´al Khali;

- Dubai Marina: maior marina artificial do mundo, localizada em um rico bairro residencial. Da marina dá para ver o famoso hotel em forma de vela, considerado o único 7 estrelas do mundo, o Burj Al Arab, e o deslumbrante hotel rosado, o Atlantis;

- Ilha artificial Palm Jumeirah em forma de palmeira: a avenida principal é o “tronco” da palmeira e, assim como as ruas em formato de folhas, abriga mansões, bares luxuosos, resorts e edifícios moderníssimos. Para ver a palmeira, compra-se um ingresso de entrada ao observatório The View (52° andar da Palm Tower) e contempla-se tudo lá de cima! O preço do ingresso é de 160 reais por pessoa;

- Ain Dubai: a maior roda gigante do mundo;

- Dubai Mall: o maior shopping center do mundo, o qual possui lojas luxuosíssimas como Chanel, Louis Vuitton, Vivara, Valentino, Miu Miu, Hermès, entre outras. Ali também encontra-se o maior aquário suspenso interno do mundo;

- Gold Souk (o mercado do ouro): você pode ver o maior anel de ouro do mundo, com 64 kg de ouro e 5,1 kg de cristais;

- Mesquita do Sheikh Zayed: em Abu Dhabi, a qual ostenta lustres de cristal, o maior tapete bordado à mão do mundo, muitas cúpulas, mármore branco, trabalhos artesanais nas colunas e no piso e, é claro, ouro.

Curiosidades no geral:

  • Em Dubai, 90% da população é de estrangeiros, sendo as línguas mais usadas o árabe e o inglês;

  • Na culinária a comida é bem temperada com especiarias orientais, onde o curry e a pimenta predominam. Tem muita comida indiana, chinesa e árabe, mas há restaurantes internacionais com comidas ocidentais;

  • O clima no verão pode chegar perto dos 50°C;

  • Política: monarquia absoluta, formada por 7 emirados (principados);

  • Bebidas alcoólicas somente nos hotéis. Nos restaurantes não são vendidas e onde se encontra são caríssimas.

Quando se está viajando, é impossível não lembrar de casa, da cidade em que moramos e o que poderia ser feito igual ou parecido, para que a vida fique mais fácil. Laurita aponta algumas ações que viriam a ajudar o desenvolvimento de Vacaria.

“Plantar mais, investir no turismo e na mídia para trazer o turista, já que isso atrai muito dinheiro e empregos. Investir em mão de obra qualificada e treinamento para os funcionários, além de boas ofertas para o primeiro emprego, ao invés de solicitar, na grande maioria, pessoas com experiência. Temos muito a amadurecer, começando pela população, que precisa entender que lazer e cultura também são importantes, até mesmo para a saúde”, afirma a viajante.

A Vacariana retornou de sua viagem realizada, com ainda mais conhecimento, experiência, mas também alguns questionamentos.

“Morar em cidades como Dubai requer dinâmica, dinheiro, desgaste físico e emocional, pois as disparidades também são as maiores do mundo. Dubai é linda, mas assusta. Arrisco-me a chamá-la de “Ilha da Fantasia”, onde a modernidade bate todos os recordes, inclusive o da dúvida: “Muitos servem a poucos, poucos têm o que muitos juntos nem sonham ter. Que mundo é esse?”, conclui ela, pensativa.

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