Amor clássico

Relembre conosco a história do Ford Maverick 1977, de Paulo de Souza Pinto, escrivão de polícia, que na época da matéria tinha 54 anos

01/09/2014 Inegociáveis C20 Comunicação Bruna Bueno

Quando tinha 15 anos, Paulo de Souza Pinto teve uma paixão avassaladora. Uma amiga da sua mãe, com o consentimento do marido, havia lhe apresentado o que seria seu eterno objeto de desejo. Não! Não se trata de um amor platônico, típico da adolescência. “Se bem que é muito próximo disso”, brinca o agora escrivão de polícia, de 54 anos. O amor de Paulo está com ele até hoje e tem um nome de peso: Ford Maverick 1977, 4 CC e 102 HP. Não é o mesmo da época da puberdade, mas é como se fosse.

“Desde a primeira vez que vi, me apaixonei pela série Maverick. Eles são esportivos, aerodinâmicos e robustos. Só perdem para um avião de guerra”, compara.

Paulo participou da sessão de fotos com seu carrão, acompanhado do filho Rudel, numa área pertencente à Tile Soldatelli, à margem da BR-285, em direção a Bom Jesus. Aliás, o guri – cujo nome homenageia o piloto alemão Hans-Ulrich Rudel, que fez mais de 2500 missões durante a 2ª Guerra Mundial e condecorado com a “Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro” –, conhece muito bem o veículo. Ele nasceu ouvindo as histórias sobre o Maverick, além de ter aprendido “as manhas” do clássico carro. “Sei tudo sobre ele”, completa Rudel.

300 CRUZEIROS E TRÊS NOTAS PROMISSÓRIAS

Já o pai, viveu grandes “aventuras” dentro do Maverick. “Numa viagem a Camboriú, fui a 180 km/h só para ver seu desempenho. E ele não me decepcionou”, garante. Ele conta que quando tinha 17 anos, comprou, com a ajuda dos pais, um Maverick Standart branco, 1975.

“Mas fui pego numa blitz, sem carteira, em frente a uma famosa sorveteria de Vacaria, perto da Praça Daltro Filho, em 1979. Tive que me desfazer do carro, quase obrigado pela família”, lamenta Paulo. Mesmo assim, continuou alimentando sua paixão, sem perder o ânimo.


“Quando prestei concurso e entrei para a antiga Caixa Econômica Estadual (onde ficou por 20 anos), minha primeira grande aquisição foi um Maverick, comprado de um dentista importante na cidade. Eu tinha 22 anos e paguei com uma entrada de 300 cruzeiros (moeda da época) e mais três notas promissórias de 60 cruzeiros cada uma.”

ROCK E BANCO CONCHA

Muitas coisas chamam atenção no Maverick 77 de Paulo. A começar pelo ronco do famoso motor 4 cilindros (CC), Georgia 2.3 OHC. As rodas, com 14 polegadas de diâmetro e desenho parecido com uma “estrela ninja”. Os pneus radiais, de perfil alto (série 70) e largura de 195 milímetros. A lataria, pintada com um “marrom chocolate delicioso”. Os bancos dianteiros, tipo “concha” e os traseiros frisados, todos de couro. Os faróis redondos, grandes lanternas traseiras e os para-choques metálicos. Uma plaqueta presa à porta do motorista confirma o ano e modelo do carro (1977) e informa seu peso: 1.140 kg.
O “conjunto da obra” tem um ar bem robusto e nos remete aos áureos anos 70. Para completar tudo, basta pegar a estrada ao som da trilha sonora sugerida pelo proprietário: The Beatles e Rolling Stones.

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