Ao estilo do dono

Em uma época onde eram comuns marcas de veículos nacionais, a Puma foi a maior fabricante de veículos esportivos. A baixa estatura, o estilo agressivo e o interior bem desenhado fez do Puma um carro muito desejado entre os anos 60 e 80. Entre esses sonhadores estava Zanatta, como também é conhecido, que recentemente correu atrás da realização desse desejo

01/11/2013 Inegociáveis C20 Comunicação Bruna Bueno

Em uma época onde eram comuns marcas de veículos nacionais, a Puma foi a maior fabricante de veículos esportivos. A baixa estatura, o estilo agressivo e o interior bem desenhado fez do Puma um carro muito desejado entre os anos 60 e 80. Entre esses sonhadores estava Zanatta, como também é conhecido, que recentemente correu atrás da realização desse desejo.

“Procurei por muito tempo, até me ofereceram outros carros antigos, mas rejeitei todos. O meu sonho era um Puma” comenta.


A tarefa foi difícil, pois buscava um exemplar que não estivesse deteriorado a ponto de inviabilizar a reforma, tampouco muito conservado, pois segundo Zanatta “não teria graça”. Este Puma GTE 1977 foi encontrado em Porto Alegre. Após analisar e fechar a compra o veículo foi trazido para Vacaria, em uma reforma que durou quatro meses. Por dificuldades burocráticas, o emplacamento teve de ser feito em Lages.
Diferente da maioria dos proprietários de veículos antigos, Zanatta optou pela reforma, e não pela restauração, pois alguns detalhes do modelo original não o agradavam. A carroceria em fibra foi produzida e pintada em São Marcos por um especialista neste tipo de material. A cor foi substituída: o verde original deu lugar ao Vermelho Tornado Hot, que varia sua tonalidade de acordo com a luz externa.

“Durante o dia o tom é mais alaranjado, e a noite o aspecto é de um vermelho sangue” conta Zanatta.


Alguns detalhes fazem deste Inegociável um modelo único. As sinaleiras redondas e os novos espelhos retrovisores, inspiradas em esportivos americanos, como o Corvette, deixaram o Puma ainda mais bonito. Na parte interna, foram adicionados ao painel medidores inexistentes na época, e todo o estofamento e painéis foram revestidos em couro. Os bancos são de Astra, devidamente personalizados com botões e emblemas bordados. A esposa Carina, que também entende do assunto, colaborou na reforma da mecânica, suspensão e chassis. O motor é um Volkswagen 1600 com tração traseira, modificado para ser usado tanto no dia a dia quanto em viagens a lazer.

“Acho que não mudaria nenhum detalhe, o carro está como eu sempre quis, é um sonho que realizei” orgulha-se.


O esportivo se tornou o maior instrumento de lazer do casal e da serelepe Dafny, de 4 anos, que tem verdadeira paixão pelo também pequenino Puma.

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