Carro de corrida dos anos 50

De 1953 até 1956, a Porsche produziu 90 unidades do Porsche Spider 550. Hoje, vamos contar a história de uma réplica perfeita deste carro, trazida de São Paulo para nossa cidade, por seu proprietário e apaixonado pelos antigos, Felipe Zanotto

01/04/2024 Inegociáveis Carolina Padilha Andreza Fernandes

O Spider é um carro de motor central de quatro cilindros, refrigerado a ar, seguindo o precedente do protótipo Porsche 356 de 1948, projetado pela Ferry Porsche. Suas vantagens o levaram a se tornar o design dominante para carros de corrida de alto nível, em meados da década de 1960.

Martini Racing é o nome sob o qual várias equipes de automobilismo competem quando patrocinadas Martini & Rossi, uma destilaria italiana que produz o vermute Martini. O programa de patrocínio da empresa começou em 1958, como Martini International Club, fundado pelo Conde Metello Rossi di Montelera.

Os carros de corrida são marcados com as distintas listras azuis e vermelhas nos carros de fundo branco, vermelho ou prateado. Até nos tempos atuais, a Martini Racing patrocina várias categorias de corridas, desde Rally até a Fórmula 1.

O automóvel de milhões

Há dois anos, Felipe Zanotto tem um Spider na garagem, o qual foi amor à primeira vista. A sua relíquia é uma réplica, na qual foram feitas pequenas restaurações, contando com um motor igual ao de Fusca, caixa de quatro marchas, e faz em torno de 8km por litro.

“Dos 90 originais que foram fabricados na época, cada um hoje custa mais de 1 milhão de reais, sendo que o do ator James Dean foi vendido por 27 milhões. O pessoal realmente não economiza quando o assunto é carro antigo e raridades”, comenta Felipe.

Por ser um automóvel extremamente pequeno, o proprietário nos conta que alguns pedidos que recebe não podem ser atendidos.

“Solicitam muito para fazer eventos, levar noivas até a igreja, por exemplo. O problema é que os vestidos não cabem dentro dele”, diz o dono, dando risada.

Felipe possui outros carros e motos antigas, participa de encontros pelo estado e fora dele, levando um de cada vez para sentir a experiência. Mas entre todos, ele declara qual é o seu preferido.

“O Porsche é meu queridão. Me apaixonei assim que o encontrei e hoje sei que valeu a pena trazê-lo de longe e restaurá-lo como eu queria. Sua história toda é muito legal e acho interessante saber que nossa cidade tem um desses desfilando nas ruas”, finaliza, orgulhoso.

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