Clássico atemporal

O Opala 1981 é o queridinho de Leonardo Maciel Batista, que herdou de seu avô essa verdadeira relíquia de quatro rodas

01/02/2020 Inegociáveis Carolina Padilha Alves Tiago Sutil

O Opala 1981, foi comprado em 1986 por João Maria de Lima, avô de Leonardo, atual dono. Na época, o automóvel era de luxo e muito imponente, conseguindo manter essas características até hoje.

João Maria, com seus bem vividos noventa anos, parou de dirigir aos setenta e cinco e por isso o carro ficou parado bastante tempo na garagem. E então, começaram a surgir compradores, tanto pessoas de fora, quanto familiares. 

Foi quando Leonardo, que em 2014 morava em Florianópolis, recebeu uma proposta tentadora de seu avô. “Ele me disse que se eu voltasse para Vacaria, ele me dava o carro como herança. Como eu já estava me organizando para voltar, uniu o útil ao agradável e assim foi feito”, relembra.

O neto, que desde muito pequeno já era apaixonado pelo Opala, aceitou o presente e veio correndo para sua cidade natal, garantindo que ninguém colocasse a mão no que, desde a infância, estava traçado para ser seu.

“No outro dia fomos no cartório para passar o carro para o meu nome. Hoje noto que meu avô sente-se realizado e feliz por eu estar cuidando tão bem do que era dele”, afirma.

Nesses últimos anos como proprietário, Leonardo tirou adesivos antigos que estavam colados nos vidros, restaurou as rodas, trocou os pneus, revisou a parte elétrica, colocou película nos vidros para proteger o estofado e o painel, e trocou os amortecedores. A cor e o interior são originais, contabilizando até o momento 88 mil quilômetros rodados. 

A relíquia, que já participou de quatro encontros de carros antigos, nos quais vai sempre rodando, está prestes a aumentar sua quilometragem. “Eu e minha esposa estamos pensando em, nas férias, fazer um percurso que segue pelo Uruguai, Argentina e Chile com o Opala. Vai ser uma experiência incrível ir nesses países com ele”, diz, animado.

Leonardo, que sempre gostou de carros de época, está restaurando outro Opala 1973, fazendo com que os dois automóveis já tenham destino certo.

“Enquanto eles estiverem aos meus cuidados, eles são verdadeiros inegociáveis. Como tenho dois filhos, cada um vai ter o seu de herança. Espero que, no futuro, eles cuidem e amem tanto quanto eu”, revela o proprietário.

 

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