Deixe-se levar pelo groove

Douglas Dalzotto é professor de música, toca em diferentes bandas de nossa cidade e é um verdadeiro apaixonado pelo velho e bom Rock and Roll. O baixista divide conosco sua trajetória e fala sobre o sentimento de voltar aos palcos pós pandemia do coronavírus, que atrapalhou, e muito, o setor artístico

01/01/2022 Artistas Carolina Padilha Alves Gui Zambam e arquivo

A trajetória de mais esse talento vacariano, teve início como a de vários outros músicos que escutaram Beatles pela primeira vez e apaixonaram-se pela sonoridade. Ao comprar seu primeiro disco da banda inglesa, Douglas Dalzotto identificou-se e, aos quinze anos de idade, decidiu que gostaria de aprender a tocar violão.

Teve como professor o saudoso Heitor Maciel, que passou os primeiros acordes ao adolescente. Porém, hoje o instrumento oficial de Douglas é o contrabaixo, o qual aprendeu de forma autodidata, apenas pela vontade de ingressar em uma banda.

“O mercado na época sentia falta de baixistas, pois violonistas e guitarristas tinham de sobra. Então, me convidaram para ingressar na Black Mu, e eu tive apenas um mês pra aprender como funcionava o baixo”, relembra.

De lá pra cá, Douglas foi integrante do grupo Jorge e os Vandalistas, gravando músicas autorais do vocalista e hoje participa de quatro projetos paralelos: banda Dona Thereza, trio de MPB ¾, This is Pop e da Orquestra Sinfônica de Vacaria, onde toca baixo acústico desde 2019.

“A orquestra é uma pegada completamente diferente de tudo que já toquei na vida. A música clássica exige bastante, é preciso conhecer teoria musical, se familiarizar com a partitura, e tudo isso desperta nosso ouvido para outras coisas. Tem sido um trabalho muito interessante”, comenta ele.

Há dois anos, Douglas vive apenas da música, já que se tornou professor e dá aulas de violão, baixo, guitarra e ukulele, sendo essa mais uma experiência gratificante na área. “É trabalhoso, pois cada aluno tem um perfil, um gosto musical e sua personalidade definida. Acho fantástico poder ensinar alguém do início, assim como fui ensinado, e despertar neles a mesma paixão que eu tenho pelo instrumento”, explica.

Depois de quase dois anos longe dos palcos e bares, a pandemia vai dando uma trégua e os músicos, sedentos por esse retorno, estão voltando à ativa e nossa cidade recupera o cenário musical que sempre foi agitado. Douglas, por sua vez, comemora a agenda cheia e a procura cada vez maior pelo serviço que presta com tanto carinho.

“Noto que outros pubs estão abrindo, o público tem nos acompanhado e estão todos dispostos a sair de suas casas em busca do convívio social novamente. Também sinto orgulho dos colegas de profissão e de saber que tem muita gente fazendo música boa em Vacaria”, conclui o baixista.


 

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