Cleusa Passarin Barbosa é mais uma das artistas que enche a nossa cidade de orgulho com seu trabalho artístico e social
Como a maioria dos artistas plásticos, Cleusa já mostrava interesse pela arte desde pequena, ao desenhar, apresentar questionamentos e interesse pelas formas, tintas e telas. Mas foi após seus filhos tornarem-se adolescentes, que ela conseguiu um tempo para desenvolver seu verdadeiro dom: a pintura.
Com uma infinidade de cursos em seu currículo, a nossa pintora estudou muito, tanto a teoria, como a prática, porém, acredita que não é necessário um diploma para ser, de fato, um bom artista plástico. Cleusa participou ativamente do Atelier Livre de Vacaria durante doze anos, montando exposições e workshops com artistas regionais e de fora do estado, lecionando e, principalmente, respirando arte. “O tempo que passei no Atelier foi muito importante para meu crescimento pessoal e profissional. Era como uma terapia para mim”, comenta.
Hoje, Cleusa ministra aulas de pintura em sua própria casa e atua no Projeto Artesanato, do Rotary Club, usando como principal material o papel machê. Os objetos produzidos nesta e em outras atividades do Rotary formam um kit destinado ao Projeto Cegonha, que presta assistência às mães e bebês carentes do Hospital Nossa Senhora da Oliveira. “Sinto falta organizar projetos sociais. Sempre que posso estou envolvida em alguma ação, pois é isso que me fortalece e me dá um retorno fantástico”, revela.
Apesar de seus quadros serem praticamente todos vendidos, a artista acredita que o retorno mais importante quanto à arte, não envolve o dinheiro. “A gratidão dos meus alunos é o maior pagamento. Sempre sonhei em deixar um legado que não fosse apenas as imagens penduradas nas paredes, mas principalmente os meus sentimentos, ideias e ensinamentos”, explica Cleusa.
O incentivo cultural ainda é escasso e precisa ser trabalhado para que manifestações artísticas sejam acessíveis a todos, independente da classe social. Cleusa, com todo o seu potencial e pró-atividade, ainda pode colaborar muito para o crescimento e conhecimento das artes em nossa comunidade.
“Muitas vezes noto que as pessoas compram os quadros que são assinados por artistas mais conhecidos, ou então por eles serem bonitos aos olhos, não estando preocupados com o real significado daquela obra de arte”, reflete Cleusa.