Elnande Melo da Costa trabalha com a matéria prima mais utilizada no mundo todo há mais de quarenta anos
Foi em 1973 que Elnande deixou Lages e veio para Vacaria concluir sua faculdade de Contabilidade. Seu avô, que o acompanhava no momento, decidiu comprar uma pequena madeireira na cidade, localizada bem em frente ao atual Monumento do Ginete. Elnande, na época com apenas dezoito anos, acabou pegando tanto gosto pela profissão, que seu avô após algum tempo gerenciando o negócio, o deixou em suas mãos e retornou para Lages.
“Os planos eram que eu me formasse e voltasse para Santa Catarina também, porém achei que o certo era ficar e assumir as rédeas da empresa”, relembra Elnande.
Seu crescimento se deu a partir do momento que a madeireira começou a trabalhar com madeira de lei, a qual nos anos 70 e 80 ainda era pouco conhecida e caracterizada como uma madeira nobre. Utilizada, principalmente, para confecção de móveis, construção civil e até para instrumentos musicais, devido a sua maior durabilidade, a madeira de lei foi a responsável por acionar o desenvolvimento da empresa.
“Quando começamos, existiam outras madeireiras na região e por isso a concorrência era muito maior do que hoje em dia. Era necessário se destacar para continuar no mercado”, comenta o empreendedor.
Aos poucos, Elnande foi comprando as áreas de campo que haviam ao redor da madeireira, construindo seu escritório na parte frontal no ano de 1980, além de aumentar o galpão para estoque e o número de funcionários.
Na época, essas madeiras para revenda eram trazidas do Paraguai. Hoje, em sua maioria, são trazidas do Mato Grosso e Rondônia e a empresa atende, além de Vacaria, municípios próximos como Ipê, São Marcos, Bom Jesus, Monte Alegre dos Campos e São José dos Ausentes.
A Elnande Madeiras é considerada a madeireira mais antiga de Vacaria, onde os funcionários formam uma verdadeira família, já que os filhos Carine e Endrigo tocam a parte administrativa e das vendas, e os demais colaboradores estão na empresa a mais de vinte anos.
“As dificuldades sempre existem, mas com comprometimento e vontade, o negócio sempre tende a dar certo”, finaliza Elnande.