Especial Namorados<br> Mário e Sara

Companheirismo é a palavra que define o relacionamento de Sara e Mário, que completam 30 anos de casados no dia 12 de Dezembro deste ano.

12/06/2017 Especiais Carolina Padilha Alves Bruna Bueno

Eternos namorados

Um simples convite para uma dança uniu o casal Mário Geraldo Vieira Borges e Sara Vieira Borges, que se conheceram no Baile da Prenda Jovem do CTG Porteira do Rio Grande, em 1981. Depois dessa noite, os encontros em eventos tornaram-se cada vez mais regulares, até que um dia o pedido de namoro foi feito. Mário, na época, tinha servido o exército em Lages e estava voltando à Vacaria para trabalhar como torneiro mecânico. Já Sara fazia magistério, para futuramente seguir a sua vocação de professora.

Os apaixonados namoraram durante cinco anos. Nessa época houve diversas privações por parte da família da moça: aproveitar o carnaval, ir às festas, viajar ou até mesmo assistir televisão em casa, sem ao menos um parente presente para vigiar o casal, era impossível. O pai de Sara, mesmo vendo que o relacionamento era sério e iria, de fato, “para algum lugar”, não fazia questão que o noivado acontecesse. Mesmo descontente com a decisão da filha, o almoço de noivado aconteceu. Assim, iniciava outra parte importante dessa união.

A data do casamento foi marcada para um ano e cinco meses após aquele momento, e o casal começava a montar o enxoval. A noiva ganhou como herança a casa na qual residem até hoje e Mário teve a missão de mobiliá-la. “Logo que casamos, o pai e a mãe foram juntos conosco ao supermercado, para nos ajudar a fazer o primeiro rancho para a nossa casa. Não tínhamos a menor noção do que comprar, nem quanto os alimentos duravam e muito menos seus preços. Fomos aprendendo com o tempo”, relembra Mário.

Os temperamentos são bem diferentes. Sara é mais agitada e tem o pavio curto. Já Mário é mais calmo e tranquilo. Porém, as diferenças terminam por aí. Ambos torcem pelo mesmo time, tem a mesma religião, a mesma opinião sobre política e adoram sair para dançar. Além disso, concordam que qualquer relacionamento precisa ter confiança, respeito e cooperação. As coincidências continuam: “depois de muito tempo é que fomos descobrir que somos parentes distantes. A minha madrinha de batismo também é madrinha da minha cunhada, as nossas irmãs estudaram juntas e as nossas avós sempre moraram na mesma rua. Mesmo assim, nunca nos encontramos antes daquele baile”, detalha Sara.

Apesar de terem vivido em uma época que a mulher ficava dentro de casa, cuidando das crianças e o homem sustentando a família, Mário fez com que Sara aprendesse a dirigir. Também sempre apoiou o fato da esposa lecionar em escolas. O dinheiro que ganhavam era reunido, para que pudessem comprar juntos, o que estivesse faltando em casa.

Mas essa história de amor também teve seus momentos tristes. Sara descobriu um câncer de mama em 2013 que abalou a família inteira. Foi preciso muita força e garra para passar por essa fase, mas com seu companheiro fiel do lado, segurando as pontas, tudo ficou mais fácil. “Quando descobrimos a doença, eu perdi o chão. Mas graças a Deus hoje ela está recuperada e vamos seguindo em frente”, desabafa Mário.

O casal tem dois filhos, Ketlen e Kleiton, além de três cachorros, que também fazem parte da família. “Os nossos filhos se inspiram em nosso relacionamento. Mas hoje é mais difícil que o primeiro namoro torne-se casamento e dure uma vida inteira. As separações são corriqueiras, não é como antigamente”, reflete Mario.

Sempre que pode, a dupla vai à praia, frequenta jantares em Vacaria e região, reúne-se com amigos e nunca deixa de lado a vida social. Esses eternos namorados são um verdadeiro exemplo de companheirismo e provam que o amor verdadeiro resiste ao tempo e aos momentos de dificuldades.

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