Eduarda Diehl de Lemos morou na Colômbia por quase um ano e nos mostra as curiosidades deste país conhecido, principalmente, por ser o berço da figura de Pablo Escobar
Formada em Relações Internacionais, Eduarda foi morar em Bogotá em 2016 por intermédio da AIESEC, um grupo que tem como responsabilidade fazer o intercâmbio entre universidades brasileiras e estrangeiras. Pelo fato de não saber muita coisa sobre o país, a intercambista encarou a mudança com muita expectativa e ansiedade. “Morar na Colômbia nunca tinha passado pela minha cabeça, por isso tudo foi uma surpresa, desde o primeiro momento em Bogotá e depois viajando pelo país”, relembra Eduarda.
Os hábitos alimentares dos colombianos, segundo a viajante, não são os mais saudáveis. É comum ver pessoas comendo arroz ou sopa no café da manhã e no almoço não pode faltar o torresmo. No mais, a base da comida lá é o arroz, algum grão (feijão, lentilha, grão de bico), carne e ovo, ou seja, o nosso PF.
No que diz respeito a política, o país ainda enfrenta um esquema grande de sabotagem, pelo fato das eleições não serem eletrônicas, mas ainda serem feitas no papel. “Estive lá em época de pacificação com as FARCs, porém no geral não é nada fácil o cenário político, pois o país é bem divido entre os partidos e as disputas costumam ser bem acirradas”, comenta.
Na Colômbia, de modo geral, não existem estações do ano, já que cada cidade tem praticamente uma mesma estação o ano inteiro. A capital é sempre fria, algumas épocas bem mais que as outras, e a chuva é visitante corriqueira.
“O lado bom é que facilmente você podia ir para alguma parte na costa colombiana e lá era sempre ensolarado, assim como em Medellin, conhecida por ser a cidade da primavera, com um clima meio termo, muito agradável. O país tem clima para todos os gostos e em qualquer época do ano, basta escolher a cidade certa”, aconselha Eduarda.
Pontos turísticos é o que não falta neste lugar. A vacariana destaca alguns que, na sua opinião, são imperdíveis para os turistas que visitarem a Colômbia.
Em Bogotá:
Candelaria: lugar bastante histórico e com muita coisa para aprender, além de ruas grafitadas pensadas milimetricamente;
Mont Serrat: vista panorâmica da cidade, por isso somente é indicado subir em dias ensolarados;
Zona T: lugar mais badalado de Bogotá, com boas lojas e restaurantes, sendo indispensável uma visita no Andres Carne de Res e no Crepes & Waffles;
Usaquen: pequeno bairro onde nos domingos tem feirinhas e restaurantes maravilhosos.
Em Medellin:
Fazenda do Pablo Escobar;
Guatapé: cidade toda colorida;
Pedra Peñol.
Na costa:
Cartagena: para quem gosta de história, visitar a cidade amuralhada e fazer um walking tour para conhecer melhor o local. Porém, a praia da cidade não é boa, então é necessário ir para praias vizinhas, como Playa blanca, Playa del Rosário;
Parque Tayrona: para quem gosta de calmaria e trilha, no parque você pode ter a experiência de acampar em barracas ou dormir em redes;
Ilha de San Andres: onde você pode encontrar o mar de 7 cores, águas cristalinas e um povo muito simpático. A ilha não tem muita estrutura para receber turistas, mas basta alugar uma carrinho de golf e você consegue rodar ela inteira para conhecer todas as piscinas naturais e paisagens lindas.
Eduarda também destaca que, por mais que a Colômbia não seja um exemplo quando se trata de cuidados com o meio ambiente, eles tem uma campanha muito forte contra o uso de canudos, tendo que, praticamente, implorar para ganhar um nos restaurantes.
“Estamos muito atrasados no quesito medidas preventivas para certos âmbitos da sociedade. Acredito que iniciar uma campanha “sem canudos” em Vacaria, possa parecer algo pequeno, mas isso trará um impacto muito grande futuramente” reflete.
A conterrânea destaca que, para aqueles que tem vontade de ir passar um tempo fora da sua cidade ou país, é uma experiência indescritível e capaz de trazer um crescimento pessoal, profissional e espiritual gigantesco. “Com certeza, passar um tempo fora da cidade/país, abre nossa cabeça para um novo mundo. Você percebe que muitas coisas que você criticava e julgava que em outro lugar era melhor, algumas vezes, é equívoco. Toda cidade e país tem seus problemas e particularidades, então, poder conviver em um outro ambiente te dá a chance de entender que aos poucos estamos evoluindo para um lugar melhor”, conclui.