Dia do casamento. O noivo, como de praxe, chega antes à Igreja. O noivo da vez é Cassiano Foscarini e vai casar de fusca, vermelho Royal
Dia do casamento. O noivo, como de praxe, chega antes à Igreja. O noivo da vez é Cassiano Foscarini e vai casar de fusca, vermelho Royal. O motorista é seu irmão Felipe, proprietário do fusca. “A noiva chegou com um carrão e eu de fusca” conta Cassiano, rindo da situação que aconteceu há dois anos.
Dependendo do ponto de vista, o Fusca 1200, ano 66, também é um carrão. Com lataria renovada, bancos de couro vermelho e branco, rebaixado e sempre bem cuidado, o fusca chama atenção por onde passa. Quando foi encontrado o fusca estava destruído.
“Todo arrebentado, o fusca só tinha um banco, de trator. Dentro dele morava até galinha e rato”, conta Dona Valdete, mãe dos garotos.
Felipe pagou R$ 400 pelo carro que ia servir de “gaiola” para fazer trilha. O pai, Ivo, não deixou. Com o olhar apurado de marceneiro, logo constatou que a lataria estava boa e com ela era possível revitalizar o carro.
Em 2001 começou a transformação do fusca e também de seu dono. Felipe dedicou grande parte de seu tempo livre para aprender sobre suspensão, que no fusca é a ar e ele mesmo fez. Foi garimpar, em ferros velhos do Brasil e do exterior, peças originais. Do volante às rodas de cinco furos, importadas da Inglaterra, quase tudo é original.
Até hoje passa a maior parte do final de semana com o fusca, seja dando retoques ou passeando. Modesto, Felipe diz que ainda está “fazendo” o carro, que é seu lazer, sua distração e seu prazer.
Edição 25 da Revista C20.