Cuerdas y Sonidos é um projeto que já existe há cinco anos e que tem como objetivo o resgate de valores primitivos da música nativista riograndense. No currículo, um CD e um clipe gravados, além de inúmeros shows pela região e a ideia de produzir um segundo álbum autoral. Vamos conhecer mais sobre o trabalho deste grupo que mantém o vivo o nosso tradicionalismo
O projeto, que teve início no ano de 2018, pela iniciativa do violonista Felipe Rodrigues, ganhou o nome latino de Cuerdas y Sonidos na intenção de mostrar carinho pelas três pátrias, entendendo que a formação identitária do tradicionalismo gaúcho deve-se muito a contribuição, sobretudo, da Argentina e do Uruguai. Por respeitar essas raízes, o grupo presta um tributo aos antepassados por meio de sua atuação.
“Reforçamos essa identidade na construção dos repertórios, trazendo os mais diversos ritmos musicais, como tango, milonga, chamamé, xote, chamarra, rasguido doble e zamba”, explica Felipe.
Recentemente, o Cuerdas lançou o seu primeiro disco autoral intitulado Eterno – Um Canto de Protesto, que tem em seu repertório doze temas autorais. Na formação apresentada neste trabalho, destacam-se os músicos: Cesar Augusto Furtado, Felipe Rodrigues, Guilherme Bragagnolo, Uiliam Michelon, Eduardo Ferreira e Tiago Wille, além de participações de músicos locais, como Tomás e Tobias Cechinatto e do percussionista Marco Michelon.
Já na gravação do clipe Compasso Sureño, tema que retrata a arte da gineteada, o grupo referenciou alguns dos principais pontos turísticos de Vacaria, gravando na Casa do Povo, em frente a Catedral, no Parque de Rodeios e na magnífica Fazenda do Socorro.
Apesar de Vacaria ser uma cidade essencialmente tradicionalista, assistimos, ao longo dos anos, o movimento perdendo um pouco de motivação, não só local, mas de forma regional. Pensando em uma forma de manter essa chama acesa, o Cuerdas y Sonidos mescla vários elementos junto às apresentações, buscando prender a atenção das pessoas.
“Por esse motivo entramos com pesquisas, cenários elaborados, figurino característico, ritmos diferentes dentro do contexto nativista e, sobretudo, continuamos estudando cada vez mais para oferecer ao público um material realmente diferenciado”, diz Gabe Moraes, responsável pela produção artística do projeto.
As apresentações são estruturadas através de shows com interpretações a nível instrumental, releituras dos clássicos da música gaúcha e temas autorais, mesclando música e história. Um dos principais diferenciais do grupo é a montagem de shows inéditos, intitulados Cuerdas y Sonidos Cantam e Contam, baseados na história de municípios, temas específicos, eventos históricos ou familiares, contando trajetórias, entre outros.
“Entendemos que a música e a poesia são uníssonas, e acreditamos o quanto isso é importante na hora de entregar um entretenimento de qualidade, sendo este o nosso principal objetivo”, comenta o idealizador do grupo.
Para o futuro, Cuerdas y Sonidos promete um segundo álbum autoral, um vídeo clipe com uma perspectiva bem diferente do que já foi realizado, e claro, shows e produções culturais que serão desenvolvidas durante o ano.
“Buscamos sempre trazer novos horizontes, indo além dos clássicos, mas sem perder a essência. Sair do óbvio e percorrer caminhos que não foram trilhados, para realmente conseguir fazer diferença no cenário cultural atual”, conclui Felipe.
