Joana Casagrande divide conosco sua interessante viagem a trabalho para a Suíça, onde recebeu treinamento de gestão de loja e equipe, além de ter visitado a maior feira de relojoaria e jóias do mundo. Leia sua história e descubra como ela foi parar lá, na matéria a seguir
A caminhada profissional que levou esta vacariana a conhecer a Suíça, começou no Rio de Janeiro, onde Joana morou por quinze anos e na época estudava teatro na CAL - Casa das Artes de Laranjeiras. Em paralelo ao estudo, fez carreira na área comercial em lojas de shoppings, como Fashion Mall, Shopping Leblon e Village Mall Barra, onde trabalhou com marcas do mercado de luxo, destacando Montblanc, Tagheuer, Rolex, Breitling, Salvatore Ferragamo, entre outras.
“Minha experiência e coroação no mercado de luxo foi na Omega Watches, boutique de relojoaria suíça, onde fui promovida a gerente. Nessa oportunidade precisei viajar para Bienne para receber treinamento de gestão de loja e equipe e também visitar a Baselworld, maior feira de relojoaria e jóias do mundo”, recorda ela.
E foi assim que, em 2014, com trinta e um anos, Joana fez sua primeira viagem internacional a trabalho. Uma verdadeira imersão no mundo da relojoaria suíça e da marca Omega, aprimorando-se na experiência de compra com atendimento de excelência. Para quem não sabe, a Omega é a cronometrista oficial dos jogos olímpicos, também foi o seu relógio SPEEDMASTER a ser levado à lua, e atualmente é a marca de relógio do agente 007 (Daniel Craig).
“Esta é, definitivamente, uma empresa dos sonhos. O museu da Omega é um capítulo à parte, já que a missão do APOLLO 13 está retratada no local, uma vez que o relógio Omega foi o único que passou nos testes da época sem sofrer alterações no horário. É tudo muito fascinante”, conta.
Sobre Baselworld, evento que acontece uma vez no ano para o lançamento de relógios e jóias, a visitante nos conta que confraternizou com gerentes do mundo todo, em dias intensos de uma agenda que iniciava às 6h da manhã e terminava às 23h. Além isso, Joana visitou fábricas de peças, onde não era permitido fotografar, sendo obrigatório o uso de roupas de proteção para não contaminar o ambiente.
“Tentei colocar uma pedra de rubi minúscula no maquinário de um relógio Omega, mas foi sem sucesso, pois a habilidade de usar aquela lupa e pinça com algo tão minúsculo, é quase impossível. Notei que a maioria dos funcionários que confeccionam as peças de relógios, são mulheres, pois elas são mais atentas e delicadas que os homens com itens tão delicados”, diz ela.
Em seus poucos momentos de folga, a turista relembra sua vivência nas ruas limpas e silenciosas, na época decoradas para a páscoa, com casas grandes e um belo rio que corta a cidade de Bienne. Em um dia comum, ela aproveitou para ir ao banco trocar dinheiro, na farmácia, supermercado, almoçar em restaurantes locais e ver de perto como o dia a dia funcionava em um país de cultura tão diferente da nossa.
“Me virei muito bem com as noções básicas de inglês que tenho e, por incrível que pareça, em duas situações nesses passeios encontrei pessoas falando português, pois para eles é muito natural falarem mais de dois idiomas. As escolas em Bienne são trilíngues, então o alemão, francês e o inglês estão em todos os lugares”, explica.
Depois dessa viagem, Joana gerenciou mais algumas marcas do mercado de luxo, como Salvatore Ferragamo, Tag Heuer, Montblanc, e, ao retornar para Vacaria, em 2018, prestou consultoria sobre atendimento de excelência em empresas da cidade. Até que descobriu-se empreendedora, e hoje tem uma loja de moda consciente, produzindo peças atemporais.
“Sou extremamente grata por tal oportunidade, vivenciar o mercado de luxo foi uma grande experiência. Quando uma guria de Vacaria, filha de uma costureira e um caminhoneiro, imaginaria que seria capaz de frequentar lugares e conviver com pessoas desse universo? Me orgulho de ter nascido aqui e ser de origem humilde. Tenho certeza que isso me faz dar mais valor as oportunidades que vivi e viverei”, conclui a conterrânea.