Importação especial dos anos 90

Depois de procurar seu sonho de consumo durante dez anos, Túlio Trevisan finalmente encontrou a Ranger Splash 1994 que tanto desejava e hoje desfila pelas ruas da cidade orgulhoso por tê-la adquirido

01/06/2021 Inegociáveis Carolina Padilha Alves Penélope Fetzner

Foi em um passeio em Gramado, que Túlio Trevisan avistou uma Ranger Splash amarela e se apaixonou. Na ocasião, decidiu que era uma daquelas que um dia iria ter na garagem, já que ela unia duas coisas que ele gostava: marca Ford e caminhonetes.

Dez anos se passaram e a procura persistia. Até que em Fevereiro de 2019 seu irmão encontrou na OLX uma Ranger Splash, de ano e modelo 94, motor v6, 150 cavalos, flare side, na cor vermelha e que estava para venda em Farroupilha.

“O antigo dono comprou e guardou a caminhonete para quando seu filho fizesse dezoito anos. Quando o menino atingiu essa idade, infelizmente, não gostou do carro e foi então que o pai desiludido colocou a venda”, relembra.

Porém, no momento em que Túlio bateu o martelo e disse que pagava o valor que estava pedindo, o proprietário deu para trás e disse que não tinha coragem de vender. “Não o pressionei em momento algum. Pensei que se fosse para ser minha, um dia iria ser. Enquanto isso, prossegui com as minhas pesquisas na internet sobre o modelo”, explica.

Meses depois, em Agosto do mesmo ano, o antigo dono ligou para Túlio dizendo que, definitivamente, queria vender a Ranger.

“Levei meu pai e um amigo mecânico junto para analisarem a máquina comigo. Bastou uma volta nela para me apaixonar e fechamos o negócio. Senti bastante naquele momento, pois o vendedor chorou ao me entregar as chaves. Entendo o quanto ele era apegado”, conta.

Ao chegar em Vacaria, o mais novo proprietário mandou desmanchá-la inteira, ficando só no chassi, onde serviços como pintura, chapeação e outros foram feitos, deixando a vermelhona encarnada novinha em folha. Inteiramente original, ela recebeu o diferencial dos bancos de couro, mas que seguem o mesmo padrão de formato das dessa versão lançada em 1993.

Túlio ainda não levou sua parceira de quatro rodas para encontros de carros antigos, pois a pandemia do Covid-19 inviabilizou esse tipo de evento. Porém, usa ela todo dia para ir trabalhar, levar os filhos no futebol e para qualquer outro compromisso.

“Carro parado não tem história. Por isso, faça chuva ou faça sol, aproveito cada segundo andando nela”, afirma, orgulhoso.

Tulio finaliza comentando conosco que recebeu mensagens do antigo dono, dizendo que hoje tem certeza que vendeu para a pessoa certa, depois de ter visto o resultado da restauração e o cuidado diário dedicado à picape.

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