Intercâmbio policial

Douglas Silveira é Capitão da Brigada Militar e, em 2015, passou três meses em Portugal fazendo um curso de Investigação Criminal e Criminologia no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, que seria para nós no Brasil, o correspondente a uma academia de polícia. Vamos saber agora como foi essa experiência tão diferente e o aprendizado que este vacariano trouxe na mala

01/03/2021 Expedição Carolina Padilha Alves

Apesar do motivo da viagem ter sido a trabalho e em busca de mais conhecimento para aplicar no seu setor aqui no Brasil, Douglas Silveira ainda conseguiu tempo para se divertir e sugar o máximo da cultura Europeia. Foram mais de cem dias longe de casa, com  a finalidade de participar de um curso de Investigação Criminal e Criminologia em Portugal, onde este vacariano descobriu novas pessoas, sabores, lugares e costumes diferentes de um povo.

Ele nos conta que foi muito bem recebido pelos colegas da polícia portuguesa e de outras nações que interagiu, já que a população em geral possui um excelente senso de coletividade que pode ser percebido nos gestos cotidianos.

“A faixa de pedestre é de fato um lugar para atravessarmos a rua com segurança, pois os motoristas param e nos dão a preferência. O acatamento às normas e a limpeza das ruas também chamam atenção. Não percebemos pessoas invadindo o espaço dos outros ou jogando lixo na rua, por exemplo. Condutas que aqui presenciamos quase diariamente em nossa atividade como policial, lá não são tão comuns, como a perturbação do sossego por meio do som alto nos veículos ou outros equipamentos barulhentos. Comentamos sobre isso com os policiais locais e eles confirmavam a característica ordeira da maior parte da população”, explica.

Não é à toa que seguidamente Portugal é eleito um dos países mais seguros de todo o mundo. Em contrapartida, a polícia registra expressivos casos de violência doméstica na maior parte em cidades do interior.

Durante seu curso, o conterrâneo acompanhou, entre tantos outros momentos importantes, o esquema de segurança de uma partida de futebol da Champions League, entre Benfica x Atlético de Madri, e julga que essa foi uma das experiências mais enriquecedoras para a sua carreira profissional.

“Pude perceber como outras polícias pelo mundo lidam com situação que enfrentamos aqui e o que pode ser implementado nas nossas rotinas”, comenta.

No tempo que tinham para turistar, ele e sua esposa Camila, experimentaram uma das culinárias mais famosas do mundo e destacaram os vinhos de boa qualidade, os bacalhaus com preços acessíveis e, claro, os famosos pastéis de Belém. “É difícil ficar lá por um tempo e não ganhar uns quilos a mais”, afirma o intercambista.

Sobre os pontos turísticos que Douglas indica e que não podem deixar de serem visitados, estão:

 

- Em Lisboa:  Torre de Belém,  Castelo de São Jorge, Mosteiro dos Jerônimos, Oceanário, o Paredão dos Descobrimentos, o bairro Alto (com seus inúmeros bares e música de todo o mundo, inclusive do Brasil) e o Chiado, com artistas típicos cantando as belas letras do Fado;

- Havendo possibilidade deve-se dar um pulo na cidade de Sintra para conhecer seus palácios e em Cascais com seu belo litoral; 

- Cerca de duas horas da capital, está o Santuário de Fátima, local de grande religiosidade e fé;

- As cidades de Porto (ao norte) e a região de Algarve (ao sul), apesar de serem mais distantes de Lisboa, devem ser levadas em conta para um roteiro mais completo pelo território luso. 

Por fim, Douglas nos fala sobre a importância que essa viagem teve em sua vida, e o quão importante ele julga ser para as pessoas saírem de sua zona de conforto e admirarem novos horizontes.

“Um intercâmbio com pessoas de outra nacionalidade faz com que reconheçamos o que nosso país tem de bom e no que podemos evoluir. Uma experiência como esta no exterior, pode enriquecer o currículo profissional ou acadêmico e sempre será de grande valia trazer essa vivência para si e para as pessoas próximas. Esse tempo fora me fez constatar o quão significativo é nos enxergarmos como cidadãos de uma aldeia global e não nos limitarmos a fronteiras na busca por conhecimento e momentos que dificilmente teríamos em nossa terra natal”, conclui o viajante.

 

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