Na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe

Em comemoração ao mês dos namorados, o C20 conta a história de Getúlio e Eda, um casal que comemora sua união de setenta anos em 2022, contabilizando sete filhos, dezesseis netos e oito bisnetos. Essa grande família divide conosco, nessa data tão especial no mundo todo, a trajetória desses pais, avós e bisavós que vem inspirando gerações

01/06/2022 Especiais Carolina Padilha Alves Saulo Vargas

Nos dias de hoje, sabemos o quanto é difícil termos notícias de casais que conseguiram viver juntos por muito tempo. Por isso, é importante celebrar aqueles que passaram por momentos árduos, na mesma intensidade que passaram por momentos lindos, ao lado um do outro, dando apoio e compreensão.

Getúlio Michielin e Terezinha Eda Teixeira Michielin, são um verdadeiro caso de amor, que tem muito a ensinar para todos. Com noventa e um e oitenta e seis anos, respectivamente, eles completaram setenta anos de casados em 2022, em uma comemoração no sítio do casal, que reuniu grande parte da família celebrando essa união. Na ocasião, ambos usaram a roupa do casamento, que ocorreu sete décadas atrás, para relembrarem o dia mais importante de suas vidas.

Voltando no tempo, vamos contar como esses dois se conheceram. Morando no distrito de São Pedro, interior de Vacaria, seu Getúlio estava servindo o exército e voltou para a cidade, com o intuito de passar seu aniversário com a família.

“Sempre muito festeiro, ele foi para um baile, onde nos avistamos e dançamos a noite toda”, conta dona Eda. Faceiro, ele completa a história: “e estamos dançando até hoje”, diz, orgulhoso.

Ele com vinte, ela com quinze anos. Foi assim o início de uma família que viria a ter sete filhos, dezesseis netos e oito bisnetos. “Eu já perdi as contas, nem conto mais”, revela o patriarca, rindo, e referindo-se a quantidade de familiares que foram multiplicando-se durante os anos.

Seu Getúlio, que até hoje ainda toca bandoneon, é um exemplo de disposição quando está no sítio, mantendo-se ativo nas lidas do campo e mostrando-se forte perante os obstáculos.

“Eles tiveram muitas dificuldades e, mesmo assim, mantiveram a união. Perdemos alguns familiares nos últimos anos e todos decidimos seguir em frente para ajudar a cuidar deles e amenizar suas dores. Sempre nos reunimos na casa deles, tanto na cidade, como no sítio, para férias, finais de ano, aniversários. Portanto, temos essa sensação de aconchego da casa dos avós e as boas lembranças dos primos todos reunidos. É neles que pensamos no momento que formamos as nossas próprias famílias, tentando seguir o exemplo, nos espelhando sempre”, afirma a neta Mônica.

Infelizmente, é comum vermos no noticiário, reportagens sobre maus tratos a idosos, ou casos de gerações mais novas que não se conectam aos mais velhos, e não procuram ter paciência para ouvir suas histórias ou dar um pouco de atenção. No caso da família Michielin, acontece exatamente o contrário. O amor pela matriarca e pelo patriarca é tanto, que transborda e foi passado de geração em geração.

“Cada um faz a sua parte, cada um doa-se um pouquinho e todo mundo para o que está fazendo para ajudar. Eu vejo eles fortes, preocupados em deixar algo pra gente, além das experiências maravilhosas e histórias de vida. Notamos também o carinho que pessoas de fora da família tem por eles, e isso é indescritível”, comenta a neta Graciane.

Aos olhos de todos que convivem com esse casal, a afirmação segue sendo a mesma: os dias foram feitos de superação, respeito, carinho, tolerância, paciência e muita dedicação de um com o outro. São os pais, avós e bisavós que, segundo essa família cheia de orgulho, sempre estão prontos a ajudar, sem olhar a quem.

Nós da equipe do C20, desejamos saúde e muitas comemorações ainda a esse casal que é fonte de inspiração para aqueles que acreditam no amor.


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