Não dá pra ficar parado

Há quase quatorze anos, o Swing Sem Razão, grupo de pagode renomado em nossa cidade, leva alegria e diversão aos mais variados eventos, misturando diferentes estilos musicais em suas apresentações

01/01/2020 Artistas Carolina Padilha Alves Tiago Sutil

Em novembro de 2006 acontecia a primeira festa ao som de um grupo que, antes, era apenas uma reunião de amigos que curtia e tocava pagode em casa. Sem pretensão nenhuma, o Swing Sem Razão nascia e em sua primeira formação chegou a ter doze pessoas tocando os mais variados instrumentos, comprados por eles mesmos para as costumeiras rodas de samba dos finais de semana.

Conhecidos como os pioneiros do pagode em Vacaria, os meninos começaram em uma época que não existia outros pagodeiros em atividade e muito menos divulgação feita como é hoje, de forma rápida nas redes sociais. O boca a boca e alguns cartazes colados pelas ruas começaram a trazer público, fazendo com que as festas em que a banda estava, ficassem lotadas.

Com influências fortes dos anos 90, como Raça Negra, SPC e Revelação, o Swing começou a tocar na região, principalmente em Lages e Antônio Prado, em festas universitárias que abriram portas para que outras casas o chamassem. “Até fã clube nós tivemos. Um grupo de amigos lotava um ônibus e nos acompanhava nos shows, com camisetas da banda e tudo mais”, relembram os integrantes mais antigos.

Nesse tempo de estrada, muitas formações aconteceram, nas quais excelentes músicos puderam fazer parte da banda. Hoje, os sete integrantes, Lolinho, Rahyan, Júlio, Willian, Léle, Kafé e Leonardo, tentam conciliar o trabalho oficial de cada um, com os ensaios e tocadas na noite. 

A marca registrada e talvez o que mais diferencia o Swing Sem Razão dos demais grupos do gênero, são as versões feitas com músicas de cantores e estilos musicais diferentes, como Raul Seixas, O Rappa, e até algumas internacionais, como Stand by Me, estão em seu repertório no ritmo de pagode.

“Sempre tentamos fazer o melhor em cada tocada, com responsabilidade e carinho com o público, atendendo pedidos e analisando qual a demanda naquele local. As versões que fazemos acabam agradando a maioria, que às vezes não escuta pagode, mas sabe a letra e canta junto por escutar ela em seu gênero original”, explicam.

Nesse ritmo conhecido por não deixar ninguém parado, os guris seguem fazendo o que gostam, apesar de não terem muitos planos futuros em relação a carreira da banda. Eles destacam as dificuldades do mundo da música, especialmente para aqueles que saem de uma cidade interiorana, no entanto, afirmam que não pretendem parar tão cedo.

“Entendemos que o pagode tem fases, ele vai e volta. Agora, por exemplo, é tempo bom para o sertanejo. Porém, para nós, enquanto estivermos juntos tocando o ritmo que crescemos ouvindo e, claro, agradando as pessoas, continuaremos nos palcos sem data para acabar”, concluem os músicos.


 

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