Para exaltar a cultura e os costumes gaúchos, conversamos com Cristiane Hoffmann que, por muitos anos, representou nossa cidade em festivais por todo o estado, cantando com nomes importantes da música nativista
A vida de Cristiane na música começou muito cedo, ainda com quatro anos de idade. Sua vontade sempre foi aprender gaita, já que seu pai, Clodomiro Hoffmann, já falecido, foi um gaiteiro renomado que tocou em invernadas, grupos de baile e chegou a ser patrão do CTG Sentinela da Querência. Porém, Clodomiro não considerava a gaita como um instrumento para meninas e então colocou a pequena para fazer aulas de piano.
Cris sempre teve suas atividades voltadas para a cultura nativista, dançou em CTG durante sete anos, foi primeira prenda e era rodeada de pessoas de sua família paterna que também estavam no meio. Ao passo que ia crescendo e se desenvolvendo na música, a gaúcha criou gosto pelo canto e foi aí que a notoriedade chegou em sua vida.
Em uma de suas apresentações, estava Ricardo Porto, olheiro do Elton Saldanha, que a convidou para fazer um teste com o cantor.
“Foi tudo muito rápido. De um dia para o outro estava cantando com o Elton e com os músicos de sua banda que eram de excelente qualidade. Normalmente era ele e mais duas meninas nos vocais e viajávamos bastante”, relembra a cantora.
E assim, durante três anos, a vacariana acompanhou Elton Saldanha nos palcos do Rio Grande afora, tendo a oportunidade de gravar o Galpão Crioulo, entre outros programas, e entrar em contato com pessoas importantíssimas do cenário gaúcho.
Com tudo acontecendo ao mesmo tempo, Cristiane começou a competir em festivais, concorrendo como melhor intérprete e levando inúmeros troféus para casa. Além disso, se desdobrava para cantar músicas populares em barzinhos e participar de outros projetos com músicos da cidade, como Thiago Carlotto, Eduardo Ferreira, Eduardo Hoffmann, Uiliam Michelon, Leandro Lisboa, entre tantos outros.
Hoje, com vinte e nove anos de idade, Cristiane participa como jurada dos rodeios na categoria de canto e mostra sua voz em casamentos, formaturas e eventos em geral.
“Continuo amando a cultura do nosso estado, que está enraizada para sempre no meu peito. Trago apenas lembranças boas de tudo que aconteceu na minha carreira, das pessoas que conheci e dos lugares que visitei”, conclui.