O caminho inevitável da música

Na família de Leandro, a música sempre existiu, porém não profissionalmente. Seu pai arranha no violão, um de seus irmãos toca, seu tio e alguns primos também.

Antes de pensar em aprender algum instrumento, o adolescente de treze anos só queria saber de jogar futebol. Até que os amigos começaram a tocar cavaquinho, e o interesse aflorou.

“Eu pedia emprestado o violão do meu irmão em casa e o cavaquinho dos meus amigos na casa deles. Nessas brincadeiras acabei pagando o jeito e foi então que ganhei um cavaquinho do meu pai e fiz umas aulas por alguns meses. Já a guitarra foi aparecer na minha vida só alguns anos depois, assim como outros instrumentos”, relembra.

Ao chegar no momento de decidir qual faculdade fazer, Leandro optou pela Licenciatura em Música, tendo o curso concluído pela Universidade do Planalto Catarinense, em 2017.

“No momento não estou mais dando aulas, mas já dei por alguns anos. Nunca trabalhei com nada que não fosse dentro da música, contudo nessa área tive muitos momentos e transições importantes, até conseguir me estabelecer na profissão, e hoje sei que não poderia ter escolhido algo melhor”, afirma.

Desde que começou a tocar em bares, o profissional já participou de inúmeras bandas e grupos, de diferentes estilos musicais. No pagode, esteve presente no Estilo Nosso, Swing Sem Razão, Sem Querê, Marcelo Martins e Pagode do Bóris. Já no sertanejo, colaborou com Moisés Silva, Irmãos Vilantes e Diogo Boeira. No Pop Rock, fez parte do Sunset Trio, chegou a se apresentar em alguns festivais nativistas, e nos conjuntos de baile integrou o Marca Crioula, Banda UDG e a banda do Neguinho Gill, de Erechim.

“Acredito que tenha estilos que eu consiga me encaixar melhor, entregando o que a banda precisa. Mas me considero um músico versátil dentro dos estilos considerados populares”, explica.

Depois de toda essa experiência, no finalzinho de 2021, ele foi convidado para tocar em um projeto especial, diferente de tudo que já havia feito. O cantor Jonathan Pacheco, vocalista de um grupo de baile, estava à procura de um guitarrista, e assim, por meio da indicação de um amigo em comum, fecharam contrato.

“O Guilherme Klipel, gaiteiro do Grupo Manotaço, me indicou e iniciamos os ensaios em 2022. Toquei direto na gravação do DVD “Meu Bailão”, e desde então não parei mais de viajar com eles”, comenta.

Nesta formação, cada músico é de um lugar no Estado, sendo Jonathan de Gravataí, o baixista Renato Nascimento de Porto Alegre, o gaiteiro Jaison Silva de Estância Velha, o baterista Ricardo Reis de Novo Hamburgo e o gaiteiro Arthur Calgaro de Caxias do Sul.

“Acredito que a parte mais cansativa sejam as viagens, mas é algo pequeno perto das coisas boas. O lugar mais longe fui com eles até o momento, foi para o Paraná”, diz Leandro.

Por fim, o músico nos conta que tem alguns planos e ideias para o futuro, mas que no momento sente que o mais importante é se estabelecer e criar seu espaço dentro do mercado que vem trabalhando.