O Maverick do pai, dos filhos e dos netos

Diferente de muitos carros antigos que foram comprados ou “montados” para o lazer de seus proprietários, o Maverick dos Trevisan chegou à família por acaso, ou pior, por acidente

01/02/2011 Inegociáveis Giana Pontalti Maria Elisa Olsen

Diferente de muitos carros antigos que foram comprados ou “montados” para o lazer de seus proprietários, o Maverick dos Trevisan chegou à família por acaso, ou pior, por acidente. O Maverick ingressou na vida deles como um carro temporário, em substituição ao Santana perdido em um acidente sofrido pela família em 84. Mas sua permanência não foi acidental. O desempenho do carro, sempre surpreendente, garantiu seu lugar na garagem da casa. Dirceo Trevisan, seu proprietário, até pensou em vender o veículo, mas diz que nunca ninguém pagou o valor que vale, financeira e emocionalmente.

“Colocamos muita coisa no carro. Em minha garagem deve ter uns 3 ou 4 Mavericks desmontados para montar esse”, conta o médico.

“O pai achou um comprador, mas quando fechou o negócio começou a passar mal”, relata Tobias, o filho mais novo que hoje é quem passa a maior parte do tempo com o Maverick. Dirceo não confirma nem desmente a história, só diz que quem passou mal por causa do carro foi Taís, sua filha. “Ela morria de vergonha quando eu a levava ao colégio com o Maverick amarelão, chamativo”, conta rindo.

O Amarelão é hoje prata e preto, repaginado depois de passar por muitas mudanças estéticas e mecânicas. Desde que foi lançado, o Maverick ficou conhecido como um carro “selvagem” e “venenoso”, adjetivos conquistados pela força do seu motor. Os apaixonados pelo carro enfatizam que o Maverick foi feito mesmo para acelerar.

“Não tenho medo quando meus filhos andam com o Maverick, eles é que tem medo de mim quando pego o carro”, conta Dirceo, rindo da situação, sem esquecer-se de contar que seu carro é hoje mais potente que o original, mas também é mais seguro.

O motor foi todo refeito, recebeu injeção eletrônica e freio a disco nas quatro rodas.

Dirceo não é exagerado na sua paixão pelo carro, mesmo assim diz que não está a venda por nada. “Os meus filhos gostam tanto quanto ou mais que eu do carro, o Tobias sente até ciúmes dele”, relata Dirceo. Mas não só os filhos que curtem o carro, os netos também. Os pequeninos Raul, 3 anos e João Pedro, 2 anos e meio, logo ficam agitados quando veem o Maverick. Quando voltava de um passeio com o pai Túlio, João Pedro resumiu ao avô o que achou do carro: “Fantástico”! Parece que a paixão pelo “venenoso” faz mesmo parte da genética da família.

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