Paixão por motos e amor ao próximo

O Dia Nacional do Motociclista, comemorado no dia 27 deste mês, será representado pelo grupo vacariano Motogirls. O que era para ser apenas um passeio no final de semana entre gurias motoqueiras, transformou-se em diversas ações solidárias desenvolvidas por mulheres que amam a estrada, mas também amam fazer o bem

01/07/2021 Especiais Carolina Padilha Alves F18 e Marilaine Fotografias

Muitos não sabem, mas o Dia Nacional do Motociclista, que é comemorado no dia 27 de Julho, é em homenagem ao mecânico e motociclista Marcus Bernardi, que faleceu nesta data. Rogério Gonçalves, proprietário da Honda da cidade de São Paulo, empresa onde Marcus trabalhou durante muitos anos, propôs ao deputado Alcides Franciscatto, ainda nos anos 80, que instituísse essa data comemorativa para sempre lembrar de seu amigo e colaborador.

E assim foi feito. Desde então, os apaixonados por moto têm um dia oficial no ano para celebrarem esse estilo de vida que é ser motoqueiro, seja por trabalho, hobby ou admiração.

O simples “andar de moto”, principalmente se for em grupo, envolve companheirismo, amizade, respeito e uma sede de liberdade que só uma moto é capaz de proporcionar tamanha sensação. Em outros casos, além de tudo isso, ainda podem surgir ideias de boas ações e iniciativas para melhorar a vida do outro em um simples encontro de motociclistas.

Foi isso que aconteceu com as Motogirls, grupo cuja história vamos contar e que está completando um ano de existência, tendo como missão ajudar crianças carentes do nosso município.

Rodando entre gurias

Por muitos anos, o público masculino dominava o ramo automotivo. Porém, nos últimos tempos, muitas coisas deixaram de ser feitas ou consumidas por um único tipo de público. O crescimento do número de mulheres interessadas em carros e motos, é exponencial, e o mercado mais uma vez se abre para novas possibilidades e rumos.

Em 2020, Daniela de Brito e Cassiele Freitas Canali tiveram a ideia de montar um grupo formado apenas por mulheres que fossem apaixonadas por motos. Sem saber qual a proporção que isso tomaria, elas e mais algumas amigas postaram no Facebook sobre a iniciativa, e surgiram várias interessadas.

“No início, era apenas com a intenção de reunir a mulherada a passeio, sem pretensão alguma. Aquilo nos fazia muito bem, sair rodando, o vento nos cabelos e boas companhias. Porém, nosso foco acabou sendo ampliado e outros caminhos surgiram”, comenta Daniela.

A partir de uma conversa entre gurias, o objetivo do grupo mudou, e elas acabaram criando campanhas e ações solidárias voltadas para crianças carentes do município. A partir desse momento, a Motogirls foi oficializada, e aí tornou-se necessário mandar fazer uniformes, banners, uma mensalidade simbólica começou a ser cobrada de cada integrante, além da ajuda vinda dos patrocinadores que abraçaram a causa.

O primeiro evento que as meninas promoveram foi o Dia das Crianças de 2020, onde distribuíram mais de setecentos pacotes de doces e mais de duzentos brinquedos nos bairros Chácara das Palmeiras, São José, São Francisco, Barcelos e Monte Claro. No Natal do mesmo ano, foram convidadas a participar da Operação Elfo, ação solidária em que o Papai Noel, a Mamãe Noel e os Elfos, fizeram tele-entregas de mais de duzentas cestas básicas, bombons, panetones e brinquedos para famílias carentes, com equipes formadas pelos operadores da segurança pública.

Em 2021, as Motogirls já participaram do Pedágio do Théo, em Fevereiro, da Caminhada da Dyovana, da Páscoa Solidária junto a Guarda Municipal e Proerd e de uma ação de Dia das Mães, que entregou para mais de vinte garis mulheres, um kit com álcool gel e um hidratante.

“Temos uma resposta muito positiva sempre que entramos em contato com as pessoas, pedindo produtos para montar as cestas e também de nossos patrocinadores. Vacaria é uma cidade muito colaborativa e esperamos continuar desenvolvendo esse trabalho tão importante”, afirma Daniela.

Hoje, o grupo que conta com aproximadamente trinta mulheres, já faz planos para quando a pandemia do coronavírus acabar, momento em que as atividades voltarão ao normal. Um exemplo disso, é uma festa infantil de final de ano que elas querem promover, na qual terá transporte gratuito, trazendo ao local as crianças que serão beneficiadas com o evento.

“Para nós não é importante a quantidade de gurias que participam, mas sim o empenho das integrantes. Não adianta um grupo grande que não produz nada, não ajuda a sociedade. Hoje estamos em poucas, devido a muitos fatores que influenciam, porém todas pensam igual e contribuem com a causa”, concluem as integrantes.

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