Quando eles param, o mundo inteiro para!

No dia 25 de Julho é comemorado o Dia do Motorista e de São Cristóvão, padroeiro desta classe tão importante no dia a dia de todos. Portanto, este ano o C20 presta uma homenagem, contando a história de um caminhoneiro vacariano, com quase 4 décadas de profissão, que nos fala sobre os desafios da estrada e as mudanças que sentiu ao longo deste tempo

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Destaque Andreza Fernandes
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Sejam eles motoristas de ônibus, caminhões ou aplicativos, o fato é que essa profissão é essencial na vida de qualquer um, já que transportar pessoas e bens todos os dias é o que faz o mundo girar.

Cláudio Mossoi de Sousa, que atende pelo apelido de Reforma em meio aos demais caminhoneiros, tirou sua habilitação aos dezoito anos e logo foi atuar na profissão.

“Na época, com a categoria C, já era possível dirigir carro, moto, ônibus e caminhão. Devido a esta facilidade e a convite de um tio meu, que já dirigia para o Rodoviário Schio, eu iniciei no ofício de motorista”, relembra ele.  

E então, Cláudio foi para a estrada, mesmo contra vontade de sua mãe, ficando nesta mesma empresa durante 14 anos. Neste período, trabalhou nos países vizinhos, indo e voltando do Uruguai, Argentina e Chile, o que é considerado por ele a maior aventura na sua trajetória.

“Apesar de todas as dificuldades que um caminhoneiro que faz este trajeto enfrenta, sou grato por ter aprendido um pouco da língua espanhola e ter conhecido lugares como Santiago, Bariloche e Província de Los Andes, pois se não fosse pela minha profissão, talvez eu jamais conheceria. Para chegar neles, é preciso passar pela Cordilheira dos Andes, onde no mês de Agosto acontece a Nevada Santa Rosa, que vem para devastar tudo que vier pela frente. Já senti o frio de 30 graus negativos, com 10 metros de neve na pista, cobrindo os caminhões em segundos. Presenciei o exército destes países tirando gelo e jogando no precipício, para achar os caminhões e abrir caminho para que pudéssemos seguir viagem”, revela.

Para quem pensa em encarar a estrada hoje em dia, o caminhoneiro alerta. “Existem praças de pedágio que cobram R$130,00 para atravessar um caminhão, num trecho que talvez seja preciso passar por até 10 pedágios. Assim como, em alguns postos de combustível, eles estipulam uma certa quantia que precisa ser abastecida, para que o caminhoneiro possa dormir no pátio. Sem falar na falta de segurança, no valor do combustível e na necessidade urgente de melhoria das estradas. As injustiças neste ramo são muitas”, afirma.

Através de seu primeiro e único emprego, Cláudio construiu sua família, constituída por sua esposa e 3 filhos, além de bens materiais que, segundo ele, trouxeram conforto para quem mais ama.

“Sem dúvidas a maior dificuldade de todas é a distância da família. Graças a Deus tenho uma guerreira do meu lado, que criou nossos filhos praticamente sozinha e que soube administrar tudo comigo longe. Apesar de sempre ter cuidado pra não faltar nada pra eles, eu entendo que a presença de um pai dentro de casa faz muita falta”, comenta.

Mais do que uma profissão, ser motorista é um estilo de vida e uma escolha que é feita todos os dias, já que sob chuva forte ou sol escaldante, eles estão lá, transportando sonhos. 

Aos heróis das pistas, desejamos que as estradas da vida reservem somente  surpresas boas para vocês e que Deus os acompanhe em cada quilômetro rodado!

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