Ritmo do momento

Éder e Maurício formam, há quase três anos, uma dupla sertaneja que já está caminhando para o lançamento de seu segundo CD, ainda este ano. Com muita luta e persistência, eles nos contam sobre suas conquistas e o que planejam para o futuro na música

01/02/2021 Artistas Carolina Padilha Alves

Para começar a contar a história desses dois músicos, precisamos voltar no tempo, onde o gosto por instrumentos e pelo palco surgiu. Éder Teles foi influenciado por seu irmão Valdir (Crespo), que na época era vocalista do Grupo Tchê Cambicho. Em 1998, Crespo formou a Banda Karicia, chamando Éder para ser baixista, onde permaneceu até 2005.

Após ficar três anos longe dos bailes, Éder foi chamado para integrar o grupo Levanta Rio Grande em 2008, ao lado da saudosa Olívia Osório. E foi aí que os caminhos da futura dupla sertaneja se cruzaram.

“Íamos tocar no Paraná, quando o guitarrista do Levanta nos avisou que naquela ocasião não conseguiria ir conosco. Então, chamamos o Maurício Kmiec, que na época era ainda menor de idade, para nos acompanhar nessa viagem”, relembra Éder. Para o guitarrista iniciante, aquela foi a primeira experiência em cima de um palco. “Estava apavorado. O público era enorme, os músicos da banda eram experientes e eu totalmente verde. Mas no final das contas, a minha iniciação aconteceu da melhor maneira que podia ter acontecido”, comenta Maurício.

Maurício aprendeu instrumentos de corda para homenagear seu pai, Antonio Natalin Kmiéc, que por sua vez, sempre teve vontade de tocar, mas em função de uma cirurgia, ficou com os dedos tortos, impossibilitando a atividade. Seu Antônio faleceu quando o filho tinha apenas dez anos e, em seguida, um tio de Maurício o presenteou com um violão. “Não pensei duas vezes e me dediquei a aprender. O desejo que meu pai tinha, hoje realizo com gosto e sempre pensando nele”, fala, emocionado.

Voltando à trajetória dos meninos, eles participaram de outras formações antes de montar a dupla. Em 2012 surgiram com o grupo Locomotiva e em 2016 com o Trio Sertanejo. Até que, o amigo e também músico Everton Hoffmann, deu a ideia da troca de nome. “Ele chegou e nos falou que deveríamos nos chamar apenas Éder e Maurício. Foi quando contratamos o restante da banda que nos acompanha e passamos a nos apresentar com esse nome”, contam.

Em 2020, em função da pandemia do Corona vírus, a dupla produziu três lives, participou de programas de rádios locais e foram convidados para uma live da FA Eventos, com presença de outros músicos da cidade.

“Muitas pessoas não fazem nem ideia, mas fazer lives dá mais trabalho do que tocar em dez eventos presencialmente. É preciso pensar em todos os detalhes, como patrocinador, som, luz, local, transmissão, entre tantas outras coisas”, destaca Maurício.

Hoje, os sertanejos cantam e tocam ao lado do baterista Igor Michelin e Guilherme Leicam na sanfona e teclado, tendo um CD gravado e projetando para ainda este ano, o lançamento do segundo disco, que mescla músicas autorais com regravações. Os artistas deram um salto importante na carreira ao contratar um produtor de Chapecó, que já agencia algumas duplas famosas, para guiar os próximos passos. “É impossível sair do interior sem alguém com contatos importantes e conhecimento de mercado, que te encaminhe, faça a ponte, e que te coloque apenas em compromissos sérios”, explicam eles.

Tendo como referências os cantores João Paulo e Daniel, Rick e Renner, Milionário e José Rico e Barreirito, fica claro que as modas de viola e o sertanejo raíz é a preferência quando se fala em gosto musical da dupla vacariana. Porém, em suas apresentações, Éder e Maurício tentam sempre tocar as músicas atuais, atendendo os pedidos do público e estão sempre atentos a todos os lançamentos.

Para o futuro, o sonho de ter uma banda independente, para que eles possam ter apenas o ofício de cantores, está mais vivo do que nunca. Da mesma forma que aspiram a chance de se apresentarem em outras regiões do país, conhecendo lugares diferentes e aproveitando cada experiência fazendo o que mais amam.

“Gostaríamos de agradecer àqueles que já dividiram o palco conosco, os contratantes por sempre nos receberem em suas casas noturnas e eventos, amigos e família pelo incentivo e torcida. Sem vocês, nada disso seria possível”, finalizam.

 

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