Rock all night

O Dia Mundial do Compositor é comemorado em 15 de Janeiro e, por isso, apresentamos o trabalho de Jorge Dorigatti, mais um talento musical vacariano

01/01/2018 Artistas Carolina Padilha Alves

Jorge Dorigatti tem vinte e oito anos, mas revela ter nascido na época errada. Seu chão mesmo é nas décadas de 60 e 70, onde os Beatles, que é sua banda favorita, estourava e levava legiões de fãs aos shows.

Aos dezoito anos ele comprava seu primeiro violão e de lá pra cá, tornou-se o fiel companheiro do músico. Jorge foi autodidata, aprendendo a tocar com a ajuda de livros de cifras, em um processo surpreendentemente rápido.

“Meu envolvimento com a música não tem explicação. É uma coisa de sentimento, que vem de dentro e aflora a todo momento. Agradeço meus pais por sempre ter ouvido os discos dos Bee Gees, do Abba e da Cindy Lauper comigo, desde quando ainda estava na barriga da minha mãe”, comenta.

Jorge lançou seu primeiro disco em 2018, denominado Alforria de los Piñares, o qual contou com a participação de quinze músicos. Entre eles estão nomes locais, como Cristiano Guaranha, Thiago Carlotto, Gleidson Dondoni, Cleber Muraro, Fabian Zulianello, Luciano Boeira e Gustavo Lagranha, tendo gravado apenas os sopros de metal, arranjados por Uiliam Michelon, com profissionais de Florianópolis.

O disco folk com pegada caipira, como classifica o músico, é uma mistura de vários estilos, abraçando a música cigana, o rock progressivo e psicodélico e até mesmo o som nativista. O Alforria teve apoio da Pedreira Vacaria e Felipe Zanotto, estando disponível para ser ouvido na plataforma Spotify.

As sete músicas do trabalho, todas compostas por Jorge, levaram dois anos para serem gravadas e tiveram um cuidado especial na finalização.

“As roupagens e mixagens foram feitas de forma digital, mas com a pegada do analógico. Pedi para que fosse colocado ruídos de rolo para parecer que foi gravado há décadas atrás”, revela.

Jorge explica que, para ele, a composição da melodia sai naturalmente, apenas pegando o violão na mão já é o suficiente para vir a inspiração. Porém, para compor as letras, o processo se torna bem mais demorado. “Inspiração forçada é muito ruim. Não dá pra sentar e ficar ali até sair fumaça da cabeça. Tudo tem o seu momento e eu não me importo que demore bastante para a canção nascer, desde que ela tenha vindo do coração”, afirma.

Andando com um caderno para cima e para baixo e anotando quando aquela ideia ou frase interessante vem na cabeça, o compositor ainda dá aulas particulares de voz, violão, guitarra e baixo, além, é claro, de se apresentar nos bares de Vacaria com sua banda Jorge e os Vandalistas, trazendo um sentimento de nostalgia a todos os ouvintes.

 

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