Sob a luz da dança

Elisângela Benedet Borges trabalha com a arte da dança há quase vinte anos em nossa cidade, e desenvolve projetos para crianças carentes, pois vê nelas uma fonte inesgotável de energia positiva e vontade de aprender

01/02/2020 Artistas Carolina Padilha Alves

Formada em Educação Física, Elis teve seu início no mundo da dança dentro do CTG, cultuando as tradições gaúchas. Com formação em Educação Física, a professora abriu seus olhos para as danças egípcias e foi em busca de especialização.

Fez seu nome trabalhando com a dança do ventre e dança cigana, abrindo seu espaço particular e fazendo em torno de nove festivais de final de ano em Vacaria.

“Gosto sempre de trabalhar diferentes etnias em minhas apresentações, trazendo fusões diferentes para quebrar padrões, como a mistura da dança do ventre com a cumbia ou o tango, por exemplo”, explica.

De uns tempos para cá, Elis mudou seu foco e voltou o olhar para os projetos sociais que cuidam de crianças carentes. Em 2019, montou um projeto com duração de seis meses que foi aprovado pela prefeitura e renovado para 2020. O Dançarte, que acontece no Ginásio Don Orlando Dotti, faz com que a professora aplique vinte horas semanais de aulas de dança para alunos das mais variadas idades. “Começou pequeno, mas a procura foi aumentando muito, até faltarem vagas para atender todo mundo. Acredito na necessidade e  importância da dança na vida dos jovens que não tem condições de pagar aulas particulares e por isso acabo me doando tanto para essa causa”, declara a professora.

O projeto Dançarte acabou ganhando um festival de final de ano, para mostrar aos pais e convidados tudo o que foi aprendido nesses meses de trabalho. No dia 30 de Novembro de 2019, no CTG Rancho da Integração, Elis levou aproximadamente cem dançarinos atendidos ao palco, no espetáculo que mostrou dezesseis etnias e se chamou “A volta ao Mundo em um Passo de Dança”. A entrada foi um quilo de alimento não perecível, que posteriormente foi doado ao Lar Divina Providência. “Os figurinos foram todos feitos artesanalmente para não haver gastos. Os pais abraçaram a ideia e me ajudaram em tudo, tornando uma noite linda de reconhecimento ao nosso esforço”, relembra.

Elis também atua ativamente no 23 em Dança como jurada, no evento que é promovido pela 23ª Coordenadoria Regional de Educação. Além disso, continua dando aulas particulares, é professora parceira na escola Corpo e Arte, ministrando aulas de danças gaúchas de salão, assim como no Spázio, com a Dança Terapia. 

A incansável profissional ainda faz trabalho voluntário no projeto Escola Aberta da Escola Nossa Senhora da Oliveira.

“Minha família é a base de tudo, sem meu marido, Pedro Kikuchi, e meus filhos Ésrron, Mariana, Pedro Henrique e João Pedro, eu não conseguiria fazer a metade do que faço. É lindo ver as novas gerações se apaixonando pelo mundo artístico, assim como é renovador para os adultos que começam mais tarde. Dançar faz bem para alma, coração, saúde e nos faz sentir mais vivos do que nunca”, finaliza.

 

COMENTÁRIOS




REDES SOCIAIS

FACEBOOK INSTAGRAM
O conteúdo das ofertas é de responsabilidade exclusiva de seus anunciantes.