Em comemoração ao Dia do Motorista, 25 de Julho, Paulo Ossani nos conta sobre sua trajetória como presidente de uma grande empresa de transporte de cargas
Assim como a história da maioria das transportadoras, essa não é diferente. A empresa nasceu do trabalho de um caminhoneiro na década de 60, que foi adquirindo aos poucos a sua frota de caminhões. Falecido há dezenove anos, o patriarca Ivanor Guilherme Ossani, natural de Lagoa Vermelha, deu início a conhecida Cavalinho, que hoje tem como presidente o filho, Paulo Ossani, e suas duas irmãs Liliana e Elizandra.
Há algumas décadas atrás, a primeira fonte de renda do nosso município era o transporte de cargas, até que a fruticultura ultrapassou este segmento. Porém, o caminhão ainda é um gerador de negócios em potencial e responsável por transportar 60% do que o país produz, deixando os outros 40% para navios e trens, os quais precisam dos caminhões para fazerem a ponte. Essa dependência do Brasil em relação ao transporte, pode ser notada na greve ocorrida neste ano, em que a maioria das atividades sociais foram suspensas devido à falta deste serviço.
Se colocado em parâmetros gerais, algumas diferenças são apontadas por Paulo, desde o início de seu trabalho ao lado do pai.
“Noto que há uns trinta anos atrás, o fato de ir e vir com carga era o suficiente pra se fazer um bom dinheiro. Além disso, existia o vislumbre da profissão, já que o caminhoneiro era possibilitado de conhecer do sul ao norte do país, se envolver com outras culturas, costumes, clima e isso era muito valorizado na época. Hoje em dia, o motorista além de enfrentar perigos nas estradas ruins e lidar diariamente com a falta de segurança, ainda não ganha mais o que ganhava antigamente”, reflete.
Pensando em todos os fatores que favorecem o setor, Paulo focou no transporte de produtos químicos, caracterizado por ser um mercado mais exigente nas questões de qualidade, segurança e capacitação dos motoristas. “De um modo geral, no transporte rodoviário, ainda existem muitas empresas que não cumprem a legislação que garantem qualidade de trabalho para o motorista, como por exemplo a carga horária abusiva e o uso de remédios para que os condutores fiquem acordados por mais tempo. Nós temos esta preocupação e sinto orgulho em dizer que nunca nos faltou profissionalismo”, comenta.
Atuando no Sudeste, Nordeste, Sul e Mercosul, a transportadora possui quinhentos caminhões e novecentos funcionários espalhados pelas filiais. A matriz está em Vacaria, cidade considerada por Paulo um excelente lugar para se morar e se firmar profissionalmente. “Continuaremos aqui, pois todos os nossos negócios se concentram na cidade, tanto a área fiscal, financeira, faturamento, manutenção, gerenciamento e monitoramento. Sou gaúcho bairrista, acredito no potencial do nosso povo e por esse motivo, todos os gerentes das demais filiais são sulistas transferidos”, completa o proprietário.
Como segredo para a sua ascensão, Paulo destaca o trabalho duro e o foco que sempre manteve no negócio.
“Acredito que a dedicação faz toda a diferença. O mercado é carente de bom serviços, de qualidade e atendimento. Na grande maioria, as pessoas não se doam o suficiente para atingir o sucesso e por isso primo por profissionais extremamente capacitados e entregues ao serviço para integrarem o nosso time”, diz.
Quando comentado sobre alguma ambição futura, a resposta é simples. “Não queremos ser a maior transportadora do Brasil, mas sim a melhor”, finaliza Paulo.