Um vacariano na pesquisa médica internacional

O Biomédico Ramon Bossardi escolheu os Estados Unidos como sua nova casa em 2015, e de lá nunca mais voltou, já que encontrou um campo maior de trabalho e estudo do que em seu país de origem

01/12/2020 Expedição Carolina Padilha Alves

Há cinco anos, Ramon mora nos Estados Unidos e foi embora depois de ter se formado em Biomedicina aqui no Brasil. Hoje com trinta e dois anos, ele mora na cidade de Albany, no estado de Nova York, tendo feito seu pós-doutorado na John Hopkins University, em Baltimore.

Ramon é pesquisador na Albany Medical College, e acabou escolhendo os EUA justamente pelas chances que existem na área de pesquisa médica no país.

“Aqui tenho a oportunidade de estar perto de grandes pesquisadores, universidades reconhecidas e os incentivos para pesquisas são maiores. Trabalhando como pesquisador nos EUA, buscamos entender mecanismos de doenças que podem auxiliar na busca de novos tratamentos e/ou medicamentos para patologias que acometem grande parte da população. Infelizmente o Brasil vem a cada ano diminuindo as verbas de pesquisa, o que impossibilita o trabalho. Fazer pesquisa depende de continuidade e no Brasil não tinha essa oportunidade”, explica.

O vacariano nos conta que, na cidade em que mora atualmente, a maior diferença que ele sente em relação ao Brasil, é o clima, já que o município é norte americano e as temperaturas no inverno ficam abaixo de 0˚C por 4 meses, podendo chegar a -20˚. Sobre as pessoas, Ramon observou uma discrepância comportamental.

“Sendo brasileiro, temos uma cultura em que o povo é muito caloroso, afetivo e temos facilidade em fazer amizade com desconhecidos. Quando trabalho somente com americanos, noto que eles prezam pelo seu espaço e individualidade, por isso são mais fechados”, diz o pesquisador.

Os EUA possuem dimensões continentais e em cada região existem diferentes atrações turísticas. Falando especificamente da costa Leste, onde Ramon está morando, ele recomenda Nova York para quem quer fazer um passeio com muita diversidade. “A cidade tem uma atmosfera única e dá a possibilidade de visitar lugares mundialmente conhecidos, como a Estátua da Liberdade, Central Park e Times Square. Outra cidade que gostei bastante e poucas pessoas viajam para lá, é a capital americana Washington, D.C. É um local com muita história e museus gratuitos, vale a pena vivenciar”, indica.

Por trabalhar em um laboratório de pesquisa internacional, Ramon tem colegas de diferentes cantos do mundo e aponta o quão enriquecedor é essa troca de culturas e visões.

“Entender como cada país tem suas peculiaridades e buscar crescer unindo essas diferenças é o que mais gosto. Além disso, estar em um ambiente acadêmico de inovação deixa o ambiente sempre dinâmico e gosto de trabalhar com algo que busca o bem estar e a melhora da qualidade de vida das pessoas”, comenta.

Nosso conterrâneo aponta também a importância de aprender outro idioma que, apesar de desafiador, traz uma recompensa  gigante, abrindo portas para o futuro. Desde sua adolescência, Ramon sempre teve vontade de viajar e ver o diferente. Ele acredita que quando saímos e exploramos novas culturas, essa experiência é útil, principalmente, para o desenvolvimento pessoal. E ele está corretíssimo!

  

 

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