Rogério Freitas tem uma Brasília 1977 que chama atenção por onde passa, tanto por ser uma raridade, como por sua cor vibrante. Original da época, a Brasília é ocupada no dia a dia da família, já participou de inúmeros encontros de carros antigos e divide espaço na garagem com uma irmã mais velha, de ano 76, na qual seu dono aprendeu a dirigir ainda na infância
Aos nove anos de idade, Rogério teve suas primeiras aulas de direção, embarcado na Brasília amarela 76 de seu avô Adilo. E foi assim que o apego pelo modelo e marca aconteceu.
Hoje, tendo este exemplar como herança intocável em sua garagem, o proprietário decidiu resgatar outra, desta vez verde e de ano 77, para ir, aos poucos, aumentando a coleção.
“Em 2021 encontrei esta Brasilia verde aqui em Vacaria mesmo, a qual estava parada há cinco anos na casa do antigo dono. Não o deixei nem pensar, já levei embora no mesmo momento da visita, pois foi amor à primeira vista”, relembra ele.
Cor, farol, sinaleira, vidro, interior… tudo nela é original da época. Rogério explica que sua motorização mais forte, dupla carburação e o tom da tinta, são diferenciais que só saíram no ano de 1977. Toda a manutenção necessária, é o próprio Rogério que faz, já que tem conhecimento suficiente para isso e faz questão de participar de todos os processos.
O automóvel é de uso diário de Rogério, sua esposa e as duas filhas, os leva para a escola e faz todos os percursos necessários.
“Carro tem que ser usado e está aqui para fazer história. Se ficar o tempo todo guardado, ninguém enxerga, não é mesmo? Acho legal quando querem tirar fotos, param para conversar e pedir detalhes, e também quando vejo minhas filhas e suas amiguinhas brincando dentro dela e criando amor por uma coisa que é tão valiosa para mim”, afirma ele.
A verdona já é apta para receber a placa preta, porém seu proprietário não gostou dos modelos novos de emplacamento e preferiu manter como está. Ele participa de um grupo, que existe desde 2009 em nossa cidade, que faz viagens para participar e prestigiar diversos encontros de carros antigos, dentro e fora do estado. Já estiveram em Passo Fundo, Lages, Blumenau, Balneário Camboriú, Porto Alegre, Portão, Sapucaia do Sul, entre outros.
“Conheci pessoas muito importantes para mim e sou grato por todas as amizades que fiz neste meio”, completa.
Para 2024, Rogério já prepara as três raridades que tem na garagem, para expor no Retrô Sobre Rodas, que acontece anualmente em Vacaria.
“Atualmente também guardo uma CG 125 1983 na garagem. Acho interessante preservar a história e mostrar para as novas gerações como tudo era antigamente, principalmente o mercado automobilístico”, conclui ele.
