Daniel Machado é professor de canto há seis anos e toca violão em dois projetos de nossa cidade. Sua paixão pela música nasceu quando ele ainda era criança, e hoje orgulha-se em viver da música e passar todo o conhecimento adquirido. Conheça sua história, na matéria especial a seguir
A presença da música na vida de Daniel se deu desde muito cedo, ao ouvir rádio com seu pai e brincar com um cavaquinho em casa. Ao ver a cena, sua avó o presenteou com um violão, em seu aniversário de oito anos. Foi então que o pequeno começou a ter aulas e, de forma bem tímida, em seguida adicionou o canto em seus ensaios.
Ao acabar o ensino médio, decidiu seguir com a profissão de músico e, para isso, sentiu que precisava se especializar e se desenvolver profissionalmente.
“Resolvi cursar Música em Passo Fundo, e hoje sou formado em Bacharel em Canto, além de ter feito cursos com fonoaudiólogos e cantores renomados no cenário nacional”, conta ele.
Daniel começou a dar aulas em 2017, em um projeto para alunos de escola pública, promovido pelo curso de música da UPF. Atualmente ministra aulas de canto em Vacaria, atendendo todas as idades, desde alunos iniciantes, até músicos avançados.
“Minha renda vem toda da música, seja dando aulas, me apresentando em bares, restaurantes ou eventos particulares”, explica.
Hoje, o músico e professor tem seu projeto solo, chamado Loop Sessions, onde utiliza pedais de loop para construir a música em tempo real, gravando as batidas no violão, criando a base, depois os solos e por fim os vocais, dando a impressão de estar tocando com uma banda. Isso cria uma atmosfera diferente para as músicas, mesmo sendo apenas voz e violão.
Também tem uma banda de rock chamada Segundo Cadencial, que começou ainda em Passo Fundo, com alguns colegas de faculdade, mas que, devido a pandemia, acabou se desfazendo. Após este período, resolveu retornar com o projeto, porém com uma nova formação.
Quando indagado sobre o cenário musical de Vacaria, Daniel discorre.
“Nossa cidade tem grandes cantores e instrumentistas. Noto que cada vez mais a região vem se destacando através dos festivais públicos, onde os artistas locais têm a oportunidade de mostrar seu trabalho. Acredito que estamos no caminho certo, mas é preciso que todos abracem e valorizem os músicos da cidade, apreciando e também divulgando o trabalho, para que possamos nos tornar referência no Rio Grande do Sul”, afirma.
A sede por aprendizado, não para por aí. O profissional nos conta que gostaria de criar e gravar composições próprias, e se surgir a oportunidade de participação com alguém renomado, com certeza seria algo incrível para ele. Assim como, tem vontade de aprender a tocar outros instrumentos, como bateria, viola caipira, cello, banjo americano e gaita de boca.
“A música para mim representa a própria vida. Hoje, tudo que faço gira em torno dela e trabalhar com isso é extremamente gratificante. A música sobrevive ao tempo e você desenvolve uma sensibilidade que te permite enxergar o mundo de outra maneira. Sem dúvida, a vida é muito mais leve com a música”, conclui ele.
