Viajar para se encontrar

Jéssica Menegat está fora do Brasil há quatro anos e neste tempo já residiu em duas cidades da Irlanda e em Paris, até firmar morada em Turim, na Itália. Vamos viajar com a Engenheira Química por estes lugares incríveis da Europa, em mais uma Expedição

01/05/2024 Expedição Carolina Padilha Arquivo pessoal

Para entender a saga desta viajante, é preciso saber que uma decisão foi levando a outra, até chegar no local onde vive atualmente. Em Fevereiro de 2020, Jéssica chegou em Dun Laoghaire, na Irlanda, onde foi sua primeira casa fora do Brasil, num intercâmbio feito com intuito de melhorar o inglês e ter uma experiência internacional. Logo após sua chegada, tudo foi fechado devido a pandemia do Covid 19, período que, segundo ela, foi de muita apreensão por estar longe da família, sem saber o que ia acontecer ou quanto tempo ia durar. ”As aulas presenciais foram canceladas e a escola continuou o curso online. Minha passagem de volta era para setembro, mas decidi ficar, pois sentia que a minha vivência ainda não tinha sido completa. No final de 2020 me mudei para Dublin, onde morei por mais alguns meses. Sou Engenheira Química de formação e, em abril de 2021 recebi uma proposta de emprego para atuar nesta área, mas em Paris, para onde fui e residi por incríveis dois anos. Agora sim, fixei residência na Itália”, explica ela.

Até conseguir emprego na engenharia, Jéssica exerceu atividades variadas, como faxineira em igreja e recepcionista em estúdio de yoga.

“Uma coisa que me chamou muita atenção é que os brasileiros, na maioria das vezes, trabalham muito e muito bem, são esforçados e dedicados, o que nos destaca dos demais”, diz.

 

Porque, no fim, escolheu a Itália? 

Enquanto a vacariana ainda morava em Paris, precisou viajar para Florença a trabalho por algumas semanas, onde teve a oportunidade de trabalhar com os italianos, notando muitas semelhanças culturais com o sul do Brasil, como a receptividade e a culinária esplêndida. Esses, além de locais lindos e impressionantes para se visitar, foram os motivos que levaram a jovem a ficar por lá. Segue algumas dicas de pontos turísticos italianos imperdíveis, descritos por ela:

  • O principal município de Piemonte, Turim, é uma cidade universitária e tem sempre alguma coisa acontecendo, seja um festival ou sede de jogos de tênis, basquete, etc. Lá também encontram-se vários museus e é onde está a Capela do Santo Sudário (pano de linho que teria sido usado para envolver o corpo de Jesus Cristo após a sua crucificação);

  • Basílica de Superga (subindo de trem). Com vista panorâmica da cidade, pôr do sol lindo e vista para os alpes;

  • Cidade Medieval de Lucca, na Toscana, onde pode-se caminhar pelas muralhas e ir à Torre Guinigi de Lucca, encontrando um jardim no topo, o que torna esta torre absolutamente única;

  • Para quem gosta de praias: Sardegna, Cagliari e Spiaggia del Poetto. 

 

Quando indagada sobre qual conselho daria para quem também quer se aventurar nesse mundão afora, Jéssica afirma:

“Penso que é difícil saber se gosta ou não de morar no exterior, se não tentar. Mas para vivenciar momentos positivos, é necessário o mínimo de planejamento. Vi muitas pessoas venderem tudo que tinham no Brasil e voltarem depois de um ou dois meses, por não se planejarem ou porque não se adaptaram ao país, seja o clima, as pessoas, comida. O psicológico e o financeiro precisam estar alinhados, prevendo coisas básicas sobre aquele destino, o que consequentemente fará com que existam menos dificuldades quando chegar”. 


Como tudo na vida tem os dois lados, ela relata que é preciso ser forte o suficiente para saber que, quem sai do país, vai perder muitos aniversários das pessoas que ama e não vai estar presente em formaturas, casamentos ou nascimentos.

“Ano passado eu perdi meu avô e não consegui me despedir dele, sinto muito por não estar presente quando minha família precisou. A saudade sempre bate, porém nos adaptamos e hoje penso que o sentido do lar é muito relativo: me sinto em casa aqui, mas quando visito minha família, me sinto em casa também”, comenta.


Vindo apenas uma vez por ano para Vacaria, Jéssica não tem planos de retorno definitivo e segue aprendendo ao máximo sobre pessoas, culturas, lugares e tudo o que mais puder sugar de conhecimento em seu novo endereço.

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