O desenvolvimento de sua autonomia, o aprofundamento na língua inglesa e a diversidade do país, foram alguns dos motivos que levaram a vacariana Tainá Biazus a passar um semestre do ano de 2016 no Canadá, onde fez novas amizades e descobriu uma terra maravilhosa para se viver
Rica culturalmente, a cidade de Vancouver, no Canadá, é constituída por heranças dos indígenas nativos, da colonização britânica e francesa, apresentando atualmente uma atmosfera cosmopolita. A mente inovadora do povo e seu planejamento urbano muito bem executado, fez com que em 2018 fosse eleita a melhor cidade para se viver na américa do norte e ficou entre a quinta no mundo.
Com tantos adjetivos positivos, Tainá deixou o Brasil por seis meses e foi desbravar esse lugar, em busca também de autoconhecimento e novas experiências.
“A diversidade cultural foi outro aspecto que me atraiu na cidade, já que é possível ver moradores indianos, franceses, coreanos e de outros países andando pelas ruas. Não posso esquecer o estilo de vida, pois Vancouver é uma cidade com diferentes paisagens naturais, que te aproximam através de práticas esportivas, sejam elas aquáticas, nas montanhas ou na neve”, explica.
Sobre o clima, Tainá relembra que nos primeiros dois meses morando lá, ela viu a luz do sol apenas três vezes, com temperaturas variando entre 3 a 13 graus no inverno, tendo a oportunidade de vivenciar a queda de muita neve. Quanto aos moradores, ela destaca que são pessoas extremamente polidas. “O que me chamou atenção foi o respeito pela diversidade de gênero e pelo corpo das mulheres. Não é à toa que o Canadá é um dos melhores países do mundo na luta contra a homofobia”, afirma.
Com belezas naturais incríveis e construções de primeiro mundo, Tainá destaca os principais pontos que não podem deixar de serem visitados pelos turistas que gostam de diversidade:
Stanley Park;
Grouse Mountain;
Granville Island;
Ponte suspensa de Capilano;
Parque Lynn Canyon;
English Bay.
Lá, a viajante morou em quatro tipos de casas diferentes durante sua estada. A adaptação não foi muito fácil, porém ter acesso a modos de vida tão distintos foi o que enriqueceu sua viagem.
“Nos primeiros meses morei com uma família francesa com regras rígidas. Me adaptar nesse lugar foi bem difícil, tanto que permaneci por um período menor. O banho era liberado apenas até as 20hs, o que dificultava bastante, pois chegava em casa após esse horário. Também não podia estar fora de casa após as 22hrs. Era uma família mais distante afetivamente, tínhamos pouco contato e proximidade. Na segunda casa eu morei com uma família indiana, extremamente afetuosa e calorosa. As refeições eram feitas com a mão e realizadas em conjunto. Durante um mês compartilhei uma casa com alguns latinos, incluindo brasileiros, e nesse caso a cultura se aproximava muito mais da minha, mas nem por isso foi uma convivência fácil. Por fim, fiquei um tempo em um hostel, compartilhando quarto com mais três pessoas de diferentes países e do mesmo gênero. Todas tinham um inglês básico. Me aproximei de uma alemã e uma baiana, a qual mantenho contato até hoje e receberei a visita nos próximos meses”, conta.
Além do Canadá, Tainá morou por dez anos em Porto Alegre, onde formou-se em Psicologia, e atualmente reside em Florianópolis. Após sua vivência nesses locais fora de sua cidade natal, ela nota que em Vacaria a parte esportiva é deixada de lado, assim como a construção de parques municipais que proporcionem a aproximação e convívio entre moradores. “Indico fortemente a todos que puderem passar um tempo longe de casa. Isso proporciona um autoconhecimento incrível, assim como a confiança em si mesmo e em suas capacidades, além de abrir os olhos e o pensamento para outras possibilidades”, conclui a psicóloga.