Sem data para retorno, Henrique Peruchin foi para a Austrália em 2023 e trabalha em Gold Coast como tatuador, sendo esta sua atividade principal. Porém, para conseguir mais renda, atua em vários outros empregos e nos conta agora como é a vida de intercambista neste país
A principal motivação do vacariano para arrumar as malas e seguir viagem para um país tão distante quanto a Austrália, foi ver exemplos de pessoas que partiram antes dele para lá e não tinham reclamações, além de saber que o clima também o agradava, já que faz verão o ano todo.
Henrique nos conta que, realmente, lá é tudo de primeiro mundo, com casos mínimos de corrupção e com funcionamento ótimo em todos os setores, como saúde, trânsito, educação, saneamento básico…
”O Brasil deveria pegar umas boas aulas sobre como a política acontece aqui. Quanto às pessoas, são amigáveis com os imigrantes nos poucos lugares em que estive, pois o país é muito grande e ainda não deu tempo de conhecer tudo. Mas já deu pra perceber que, para quem gosta de praia, aqui é o lugar”, afirma ele.
Para aumentar sua renda, Henrique, além de tatuador, também trabalha com delivery, em limpeza de eventos, mudanças de casa, enfim, o que for necessário para garantir uma boa estadia no tempo que estiver por lá.
“Para quem tiver a oportunidade de morar fora, acredito que a experiência é válida, sim! Mas esteja preparado pois, dependendo da situação financeira, vai ser só perrengue por um bom tempo. Intercâmbio só é mar de rosas pelos olhos da agência, depois que tu tá aqui, o negócio é bem diferente”, revela, rindo.
Sobre a maior saudade, o viajante diz que é da comida brasileira, especialmente a gaúcha, já que, segundo ele, a culinária não é um dos fortes da região.
“O mais enriquecedor foi descobrir como o mundo é grande, e a gente só tem noção disso quando sai da bolha em que nasceu. Poder se reinventar, não depender de ninguém, fazer o seu próprio corre, saber que se tudo der errado é culpa sua, mas que se tudo der certo também. Ainda quero visitar outros países e rever amigos que fiz aqui, consciente de que é preciso muita coragem para continuar enfrentando o desconhecido”, finaliza ele.