Sandro Tessaro teve em sua garagem, por seis anos, uma Honda CBX 750 1988. Por motivos pessoais e uma proposta irrecusável, ele a vendeu, mas guarda excelentes momentos em família na lembrança com a 7 galo, série especial no nosso país
Primeiramente, vamos aos fatos históricos. É preciso explicar que, esta 7 galo de ano 88, é uma série especial chamada Rothmans. Rothmans é uma marca de cigarro Britânica que patrocinou equipes de Fórmula 1 e foi campeã do mundo neste mesmo ano. Portanto, a Honda fez essa moto em homenagem à empresa de tabaco.
Um fato curioso é que, mais tarde, em 1994, a Rothmans patrocinou os carros da Williams, equipe onde Ayrton Senna corria. O patrocínio aconteceu no mesmo ano em que o brasileiro morreu, em um carro da mesma cor da CBX.
Sandro, entusiasta de antigos de duas e quatro rodas, sempre teve, durante sua vida toda, motos deste estilo. A prova está na foto com sua filha, tirada em 1996, com outra moto idêntica a esta.
“São excelentes companheiras e mexem com a galera que viveu intensamente os anos 80. É uma máquina que, sem dúvida, marcou época e tem um ronco inconfundível para os amantes de moto”, diz ele.
No começo deste ano, recebeu uma proposta irresistível e acabou se separando de sua paixão. No dia seguinte, já começava a imaginar o futuro com outra relíquia de duas rodas em sua garagem.
A CBX 750F é uma motocicleta esportiva, feita pela marca Honda e comercializada no Brasil entre 1986 e 1994. Esta motocicleta foi fabricada em doze cores e recebeu diversos codinomes ao longo de sua vida de fabricação, como Galo oito-meia, Galo Japonesa, Black e Red, Hollywood, Magia Negra, Grená, Canadense, Neón, Indy e Fórmula 1.
Quanto a 7 Galo, este curioso apelido vem do jogo do bicho. Nos Estados Unidos a motocicleta era chamada de Seven-Fifty (sete-cinquenta). Quando desembarcou no Brasil, o número 7 permaneceu, e o número 50 foi substituído pelo Galo, que tem essa numeração no jogo de azar, também conhecido como jogo do bicho.
