Além da questão estudantil, Pedro optou por morar um semestre em Coimbra pois, em tese, não teria um choque imersivo tão grande na questão da língua. Ele uniu o encerramento de sua graduação, com o início do Mestrado em Engenharia do Ambiente, trabalhando em uma empresa europeia do ramo florestal, voltado para o gerenciamento dos processos de certificação FSC®.
Diferente do que ele pensava antes de sair do solo brasileiro, a comunicação foi complicada.
“Mesmo sendo português é muito difícil assimilar a forma com que os portugueses falam e se expressam. O comportamento da população é um tanto quanto excêntrico, são um povo mais fechado, porém isso varia de região para região dentro do país. No geral são pessoas felizes, comunicativas, no entanto, como em qualquer lugar, é importante lembrar que cada pessoa é única e pode haver variações gerando algumas situações de preconceito e xenofobia”, esclarece ele.
Pedro diz que as experiências mais enriquecedoras foram o contato com diferentes culturas, a diversidade de perspectivas de mundo e o estudo com professores de diferentes nacionalidades.
“Me desafiar a aprender idiomas novos, como árabe e francês por exemplo, para poder conversar com alguns amigos que fiz onde morava, além de colocar em teste minha capacidade de adaptação e resiliência, foi realmente enriquecedor”, afirma.
O viajante destaca alguns pontos turísticos que não podem faltar em uma visita a Portugal. Alguns deles, são:
- Lisboa, com seus bairros históricos e atrações culturais, como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém;
- Porto, conhecida por suas charmosas ruas de paralelepípedos e pelas famosas caves do vinho do Porto;
- Algarve, com suas belas praias e paisagens deslumbrantes;
- Coimbra, com sua universidade histórica e atmosfera estudantil vibrante.
Com base nas experiências em outras cidades, Pedro acredita que algumas melhorias que podem ser implantadas em Vacaria, onde ele voltou a residir no momento, são o investimento em infraestrutura turística, como a criação de espaços de lazer e a divulgação das belezas naturais da região.
“Além disso, a promoção de eventos culturais e a valorização da história e tradições locais podem contribuir para o desenvolvimento e atrair mais visitantes, não apenas na época do rodeio”, completa.
Por fim, ele deixa sua mensagem para aqueles que têm vontade e oportunidade de morar um tempo fora e aproveitar ao máximo cada minuto dessa experiência.
“Minha bagagem cultural se expandiu, ganhei mais tolerância, retornando com a mente aberta e com uma visão mais ampla do mundo, até mesmo para que possamos valorizar o lugar que vivemos e/ou idealizar o melhor lugar para se fazer morada. Tive a certeza de que o Brasil, apesar de suas mazelas, é um país incrível para se viver e que a Europa em geral não é às mil maravilhas como pensamos. Não trocaria a pátria brasileira por nenhuma outra”, conclui.