Viagem de núpcias

O último mês de 2024 foi muito bem aproveitado por Rafael Bertoni e Letícia Werner Corrêa, que escolheram a Itália para passar sua Lua de Mel. Utilizando quase que exclusivamente o trem para passeios dentro do país, o casal conheceu as cidades do Vaticano, Roma, Florença e Veneza, fazendo um Cruzeiro que possibilitou também a visita em países vizinhos

01/03/2025 Expedição Carolina Padilha Alves

Pelo fato de Rafael possuir descendência italiana e Letícia ter familiares morando lá, tomou-se a decisão conjunta de conhecer este país, que possui infinitos atrativos aos turistas.

Com muita antecedência e organização, os cirurgiões-dentistas saíram do Brasil com passeios, roteiros e hospedagem, tudo alinhado. Eles contam que, a única semelhança com sua terra natal, são alguns hábitos que as famílias serranas do RS ainda trazem consigo. 

“A família dramática, que conversa vários assuntos ao mesmo tempo e com tom de voz alto, tendo momentos de choro e gargalhada. Essa é a cultura entregue pelo sangue dos antepassados e que podemos vivenciar lá, convivendo nos lares da região”, afirmam.

Para o restante, há muita discrepância, em todos os sentidos. Avaliando a política, o casal diz que o ritmo de governar é outro e que não vale nem a comparação com o que vivemos aqui. No aspecto da religião e arte, as cidades respiram isso nas suas 24 horas, relembrando a história pela arquitetura ou pela devoção e orgulho de possuir o maior símbolo do catolicismo: o Papa. 

A gastronomia foi considerada por eles uma viagem à parte, desde o protocolo de temperos, até a sequência que deve ser servida a refeição.

“Eles nos ensinaram a não se alimentar, mas degustar o alimento, entendendo as especiarias presentes no prato e a técnica, muitas vezes artesanal, e repassada por gerações”, explica Rafael.

A fama dos italianos de serem impacientes e grosseiros foi desmentida já que a dupla julgou os nativos como sendo amigáveis, educados e solícitos, ajudando-os sempre que se fez necessário, considerando a barreira da língua. “O italiano dá muito valor ao viver cada dia, existindo o momento de produzir e movimentar o seu negócio, mas também tem o intervalo para um capuccino e o passeio com a família na praça central, ao final da tarde. O povo é pacato, moralista e hospitaleiro”, comentam.

Durante os vinte e três dias que passaram no inverno europeu, Letícia e Rafael analisaram muitos aspectos e destacam o que, talvez, pudesse ser implantado em nossa região. “Em meios políticos, com certeza seria necessário algo a nível nacional. Mas se pudermos relacionar algo local, seria o incentivo à gastronomia artesanal e tradicional italiana, fugindo um pouco do comum da massa de final de semana e trazendo a influência da panificação e da confeitaria, muito presente na rotina deles”, completam.

Segundo eles, a bagagem cultural trazida de volta ao Brasil, não se mede.

“Consideramos a nossa viagem longa, porém necessária para que pudéssemos realizar todo o roteiro que queríamos. Aprendemos a dar ainda mais valor a história e entender que a moralidade de um povo se relaciona com os fatos”, concluem.

 

Locais imperdíveis para visitação:

Vaticano: a Basílica de São Pedro reforça a fé e a divindade;

Roma: traz a noção de evolução do mundo enquanto sociedade, se familiarizando com os conceitos de república, monarquia e império;

Região da Toscana: Florença e suas cidades vizinhas é onde se tem contato com cidades de baixa população e que ainda mantém os traços de antigamente;

Veneza: uma cidade única no mundo, que mostra a adaptação do povo frente às dificuldades que os levou a construí-la, com traços arquitetônicos diferentes do restante da Itália. 

 

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